Editorial
Amor
à vida
Amar a vida é sentir-se
ligado ao divino, ao espiritual, ao transcendente. A vida é uma melodia de amor
que ecoa por toda parte. Ame a vida, pois é nela que você existe. O amor de
Deus não nos permite ausentar-nos dela. Não se tem mais de uma Vida. Ela é única
e eterna. Valorize-a por você e por Deus.
Viver é uma arte. É uma
construção estética do espírito. Viver em paz consigo mesmo é viver bem com o
outro. Todos somos convidados a viver com o outro e, nesse convívio, aprendemos
a viver bem conosco. O outro é sempre um espelho positivo onde enxergamos o
negativo que existe dentro de nós mesmos. Se você acha que sua vida não tem
sentido por não ter um amor, lembre-se de que o sentido dela é dado por você e
só a você compete a escolha de ser feliz com o amor que lhe compete doar. Não
se entregue ao passado como se ele fosse seu presente ou seu futuro. O amor é
sua constituição e não se encontra presentificado no outro.
Quando o amor comanda a vida, ela se faz plena
de realizações nobres, não se deixando contaminar pelo pessimismo e derrotismo
característicos daqueles que abandonaram o caminho do Bem. Há momentos sublimes
na vida que marcam para sempre a pessoa. Tais momentos alcançam o ser humano
nas vibrações do amor. Quando isso ocorre, há o enriquecimento daquele que o
experimenta. Jamais esquecemos aquilo em que colocamos a energia do amor. A
carga afetiva que adicionamos aos fatos da vida nos acompanhará para sempre na
intensidade que determinarmos. A filosofia verdadeira é a do amor à vida. É a
que estabelece como bandeira a realização do amor na Terra. O amor nasceu com a
vida e, na Terra, ganhou maturidade com o Cristo. O amor provoca a revigoração
da vida. É o alimento que a nutre. É o oxigênio da Criação. A vida é obra do
amor e nele se estrutura. Gostar de viver é nutrir-se do amor para seu próprio
crescimento.
A vida na Terra é um ato
do amor de Deus. É uma oportunidade de refazer-se na longa caminhada pela
perfeição. É poder sentir-se uno com a Criação Divina. Ao admirar a Natureza
percebe-se o quanto ela é bela e grandiosa. Suas mínimas particularidades
revelam a Grandeza de seu Autor. Nada foi esquecido ou desprezado. Tudo se
encontra em desenvolvimento e evolução. Amar é abrir uma janela para a vida. É
despertar do sono letárgico em que se vive. É sair do casulo das paixões
inferiores e entregar-se ao divino. É perceber-se Um com Deus e com o outro. O
amor é a essência do universo. Sua constituição íntima é o amor. No amor está a
síntese da vida. Ela só tem sentido quando formos capazes de perceber o amor.
Em tudo observamos a presença do amor. Ele se manifesta como energia
mantenedora da vida. A vida dedicada ao amor é a vida plena. A vida entregue ao
amor é a vida completa. Não se entregue a outra coisa na qual não possa
perceber o amor pleno. Se sua vida foi dedicada ao amor, tenha certeza de ter
cumprido sua tarefa na Terra. Quando outras vidas se juntam à nossa, é sinal de
que o amor deverá estar presente como condição básica de ligação para o
crescimento de todos. Ninguém está presente em sua vida por acaso. Cada pessoa
é oportunidade de amar e crescer. O outro em nossa vida é a ligação com o que
está oculto em nós. É fator de crescimento pessoal. Facilita o contato com
nossa essência oculta, desconhecida e misteriosa. A vida, qualquer que seja o
desafio em que nos encontremos, é abençoado presente de Deus cujo uso é de
nossa responsabilidade.
Percebe-se se
verdadeiramente amamos na vida quando a ela devolvemos tudo que nos deu e mais
aquilo que de nós mesmos oferecemos. Quem ama explode em viver. Vive em alegria
e alegra-se em existir. Transborda em compreensão, em afeto, em autopercepção e
heteropercepção. Viver não significa ser conhecido ou ter notoriedade entre os
homens. Muitos alcançam o estrelato sem terem crescido verdadeiramente. A verdadeira
vitória é a que encetamos contra nossas más inclinações. É considerado
vitorioso quem vence a si mesmo.
Jesus deu sua vida em favor e por amor à Vida.
(Mensagem do Livro Amor Sempre de Adenàuer Novaes)
Onde nossos pensamentos têm
nos conduzido?
“O
pensamento ... é criador. Não atua somente em volta de nós, influenciando
nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera
nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício
grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura”. Léon Denis
A linguagem universal dos espíritos é o pensamento. E nós, espíritas, a partir
de nossos estudos, sabemos que mais do que linguagem, ele também é fonte
geradora do que somos, fazemos e sentimos. Mas, como afirma Léon Denis, se o
pensamento é criador, nos questionamos: “o que estou fazendo com o meu”? Estou
trabalhando na construção de ideias e gerando ações saudáveis e principalmente
de acordo com as Leis Divinas?
Temos conhecimento, através da literatura espírita, que, se no plano
espiritual, construímos casas, cidades, vestimentas, plasmando o que queremos,
também nos ligamos a grupos de espíritos que possuem a mesma faixa de sintonia
que a nossa; tudo pelo pensamento…
Tudo
é reflexo do que pensamos, toda ação que realizamos gera consequências,
influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal. Mas aqui na nossa
vivência diária, enquanto encarnados, como estamos agindo? E como está sendo
esta influência a partir do que executamos com nossos pensamentos? Pensar
correto não é tarefa fácil, ter disciplina mental requer esforço, perseverança,
determinação. É um trabalho diário educarmos nossos sentimentos, pois são eles
os condutores de nossas ideias.
Comportamo-nos, muitas vezes, de forma invigilante, nos esquecendo das
consequências de nossas ações, (que são reflexo do que pensamos) e agimos em
completo automatismo. Por isso precisamos do estudo, do trabalho doutrinário,
para que gradativamente nosso íntimo se povoe das vibrações positivas trazidas
pela ação no Bem. Enquanto espíritas, temos ferramentas que nos fazem exercitar
nossos bons sentimentos em detrimento daqueles que trazemos em nossa bagagem
espiritual. Tudo o que construímos nesta reencarnação está diretamente ligado
ao que conseguimos apreender com nossos esforços em domar más tendências e
substituí-las por generosidade, bondade, benevolência, indulgência, perdão das
ofensas. Se sabemos de tudo isto, uma vez mais podemos perguntar: como está a
nossa prática? E na convivência com nossos irmãos de caminhada, como estamos
lidando com cada um deles? Léon Denis diz que “... em todas as nossas relações
sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso que nos
lembremos constantemente disto: os homens são viajantes em marcha, ocupando
pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Isto nos remete
à nossa igualdade de espíritos, pois estamos todos no mesmo barco, sem que
sejamos melhores ou piores que nossos irmãos, mas com a responsabilidade de,
com nosso esforço, influenciar de forma positiva, para o Bem, para o Belo”.
“... por conseguinte, nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não
esteja em relação com seu grau de adiantamento.” “... a todos devemos
tolerância, benevolência e até perdão; porque, se nos causam prejuízo, se
escarnecem de nós e nos ofendem, é quase sempre pela falta de compreensão e de
saber, resultantes de desenvolvimento insuficiente”.
Portanto, irmãos, fiquemos alerta e tenhamos cada vez mais a consciência de que
os nossos pensamentos não só influenciam, mas também refletem, em nossas ações,
nossa conduta que deve ser, cada vez mais, compatível com estes ensinamentos.
A incomensurável Misericórdia Divina nos impulsiona a não estacionar, porque
ainda não somos a pureza em pessoa. Temos, desta forma, em nosso Evangelho —
nosso tratado de bem proceder — as orientações necessárias, quando, por
exemplo, os espíritos nos falam da Indulgência e recomendam: “... sede
indulgentes porque a indulgência seduz, acalma, corrige, enquanto que o rigor
desanima, afasta e irrita.
(ESSE,
cap. X, item 16 – Texto de Suely Sena Nascimento. Adaptado.)
Confiança Recíproca
Muitos companheiros na
Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não
merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa.
Se o Senhor não te
observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em
cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação; Se não te
apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver
tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de
pessoas; Se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a
sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais
aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de Amor; e não te reconhecesse o
senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bom e do mal, para que
abraces livremente o próprio caminho; se não te aceitasse o discernimento, não
te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual
consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes.
Se o Senhor não confiasse
em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo
que cultivas, a moeda que dás.
"Não cai uma folha de
árvore sem que o Pai o queira", ensinou-nos Jesus.
Toda possibilidade da
criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador. O crédito vem do pai supremo;
a aplicação com as responsabilidades consequentes diz respeito a nós. Sempre
que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão-somente na fé que
depositas em Deus. Recorda que Deus, igualmente confia em ti.
(Mensagem de Emmanuel no Livro Coragem de
Francisco Cândido Xavier)
Ave Maria
Maria que nos acolhe.
Maria que nos ampara e sustenta em seus braços
amorosos.
Maria que nos levanta e fortalece com seu amor de
mãe.
Bendita seja Mãe Santíssima que nos ama
incondicionalmente.
Dou-te graças por todos os irmãos que aqui estão e
que estão recebendo a bênção do atendimento. Tantos necessitados que sob seu
manto divino, estão tendo a oportunidade de seguir adiante.
Esta humilde serva louva a ti, Mãe Santíssima,
neste dia de júbilo.
Maria, para sempre seja louvada.
Amem.
(Psicografia recebida em
25/04/2019 pela médium Renata)
Nenhum comentário:
Postar um comentário