Editorial
A tempestade estabelecera
a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria
dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas
pergunta depois: — Onde está a vossa fé?
O quadro sugere
ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a
necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido.
Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho
e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora
adequada.
Ninguém exercitará
otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil
demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos,
naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais
extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível
aferir valores.
Na atualidade dolorosa,
inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem
sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade,
esperem a indagação:
— Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos
sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer,
serenamente, com as lições recebidas.
(Mensagem de Emmanuel no livro Caminho, Verdade e
Vida de Francisco Cândido Xavier)
No problema da dor
Para liquidar o problema
da dor, ninguém deprecie a responsabilidade que lhe compete.
O Universo é regido pela
Justiça Divina e, nos tribunais do Perfeito Equilíbrio, todo sofrimento é
resgate entre as criaturas, quando não seja luminosa missão de amor dos
espíritos angélicos.
Para ilustrar o conceito,
recordemos que as doenças no mundo requerem medidas especiais.
O embaraço gástrico pede
medicação laxativa.
A apendicite reclama a
intercessão operatória.
A escabiose aguarda
recurso balsamizante.
O carcinoma pede
extirpação e limpeza.
A loucura roga amparo e
insulamento.
Para a legião das
moléstias comuns, surge todo um exército de especialistas e enfermeiros,
socorros e intervenções.
Assim também, na Vida
Espiritual, cada consciência culpada que lhe alcança os domínios pelos braços
da morte, implora a assistência na farmácia da vida.
A dor é procurada como
remédio valioso e a reencarnação é o caminho em que deve ser encontrada.
Quem abusou da fortuna
material, pede a cooperação da extrema pobreza.
Quem relaxou a saúde,
clama pela enfermidade como medida capaz de garantir-lhe o reajuste.
Quem se arrojou à delinquência,
na alucinação da beleza física, pede o corpo disforme que lhe assegure o
retorno à tranquilidade. Quem aviltou a inteligência, suplica as inibições
mentais do cérebro curto, como serviço indispensável à própria restauração.
Quem se valeu do poder
para espalhar aflições e lágrimas, requisita a desvalia social com problemas
difíceis em que lágrimas e aflições lhe regenerem o campo íntimo.
Recebe, pois o tipo de
experiência que escolheste na Terra, em benefício de tua própria recuperação
para Deus, sem desfalecer no trabalho que a Justiça te reservou.
Acolhe a dor e a luta por
sábias instrutoras da vida e não lhes menoscabes o concurso santificante.
A sombra de ontem te
procura o asilo de hoje e somente ao preço de teu sacrifício na tarefa
redentora, pelo próprio dever bem cumprido, é que atingirás, valoroso e feliz,
a Plena Luz de Amanhã.
(Reflexões de Emmanuel no livro Palavras de Fé de
Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Baccelli)
O Educandário Familiar
A família é o resultado do
largo processo evolutivo do espírito na extensa trajetória vencida por meio das
sucessivas reencarnações.
Resultado do instinto
gregário que une todos os animais, aves, répteis e peixes em grupos que se
auxiliam e se interdependem reciprocamente, no ser humano atinge um estágio
relevante e de alta significação, em face da conquista do raciocínio, da
consciência.
Dessa forma, a família é o
alicerce sobre o qual a sociedade se edifica, sendo o primeiro educandário do
espírito, onde são aprimoradas as faculdades que desatam os recursos que lhe
dormem latentes.
A família é a escola de
bênçãos onde se aprendem os deveres fundamentais para uma vida feliz e sem cujo
apoio fenecem os ideais, desfalecem as aspirações, emurchecem as resistências
morais.
[...] É permanente oficina onde se caldeiam os
sentimentos e as emoções, dando-lhes a direção correta e a orientação segura
para os empreendimentos do futuro.
Por essa razão, é que não
se vive na família ideal, aquela na qual se gostaria de conviver com espíritos
nobres e ricos de sabedoria, mas no grupo onde melhormente são atendidas as
necessidades da evolução.
Não poucas vezes, no grupo
doméstico ressumam as reminiscências perturbadoras do Além ou de outras
existências, que devem ser trabalhadas pelo cinzel da misericórdia, da
tolerância e da compaixão, a fim de que sejam arquivadas como diferentes
emoções enobrecidas, que irão contribuir em favor do progresso de todos.
[...] Mesmo quando não
correspondendo às expectativas pessoais, em face do reencontro com adversários
ou caracteres inamistosos, no lar adquire-se a necessária filosofia existencial
para conduzir-se com equilíbrio durante toda a existência.
O exercício da paciência
no clã familiar é valiosa contribuição para a experiência iluminativa,
porquanto, se aqueles com os quais se convive tornam-se difíceis de ser amados,
gerando impedimentos emocionais que se sucedem continuamente, como poder-se
vivenciar o amor em quais não se tem relacionamento, senão por paixão ou
sentimentos de interesse imediatista?
[...] Aquele que hoje se
apresenta agressivo e cínico no grupo doméstico, dando lugar a guerrilhas
perversas, encontra-se doente da alma, merecendo orientação e exigindo mais
paciência. Ninguém se torna infeliz por mero prazer, mas em consequência de
muitos fatores que lhe são desconhecidos.
[...] No entanto, na
família, em razão dos sentimentos, das individualidades, das experiências
transatas, o fenômeno é muito diferente, oscilando o equilíbrio conforme o
desenvolvimento ético-moral de cada qual, que se apresenta conforme é e não
consoante gostaria de ser.
[...] É da Divina Lei que
somente através do amor o espírito encontra a plenitude, e a família é o local
onde se aprimora esse sentimento, que se desdobra em diversas expressões de
ternura, de abnegação, de afetividade...
Com o treinamento
doméstico o espírito adquire a capacidade de amar com mais amplitude,
alcançando a sociedade, que se lhe transforma em família universal.
(Reflexões de Joanna Di Ângelis no livro
Constelação Familiar de Divaldo Pereira Franco)
Psicografia recebida em 13/02/2020
Deus está ao seu lado,
mesmo que você erre e o culpe por isso. Ponha a sua consciência em análise e
reconcilie-se com Ele.
Venha ser feliz, dentro de
todas as limitações impostas por este Mundo-Escola; há nele a possibilidade de
vislumbrar a felicidade relativa, destinada a ti, neste momento.
Não fuja de suas
obrigações, seja convicta e perseverante, pois dificuldades são necessárias ao
nosso crescimento. Estamos ao seu lado lhe amparando constantemente e esperando
o seu fortalecimento e compromisso.
Fique em paz e seja bem-vinda, do seu irmão Jonas.
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