Editorial
O homem bom
Conta-se que Jesus, após narrar a parábola do Bom
Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe
haver compreendido a lição integralmente, perguntou, sutil:
- Mestre, que farei para ser considerado homem
bom?
Evidenciando paciência admirável, o Senhor
respondeu:
- Imagina-te vitimado por mudez que te iniba a
manifestação do verbo e pensa quão grato te mostrarias ao companheiro que
falasse por ti, a palavra encarcerada na boca.
Imagina-te de olhos mortos pela enfermidade
irremediável e lembra a alegria da caminhada, ante as mãos que te estendessem
ao passo incerto, garantindo-te a segurança. [...]
Imagina-te tocado por moléstia contagiosa e
reflete no contentamento que te iluminaria o coração, perante a visita do amigo
que te fosse levar alguns minutos de solidariedade.
Imagina-te sem pão no lar, [...]
Imagina-te em erro, sob o sarcasmo de muitos,
[...]
Imagina-te fatigado e intemperante e observa quão
reconhecido ficarias para com todos os que te ofertassem a oração do silencio e
a frase da simpatia.
Em seguida ao intervalo espontâneo, indagou o
Divino Mestre:
- Em teu parecer, quais teriam sido os homens bons
nestas circunstancias?
- Os que usassem de compreensão e misericórdia
para comigo – explicou o interlocutor.
- Então – repetiu Jesus com bondade – segue a
diante e faze também o mesmo.
(Trechos do livro Religião dos Espíritos de Chico Xavier –
Emmanuel em reunião pública de 06/07/1959 – Questão 918)
Psicografia recebida em 17/01/2017 pela médium
Heliana
Amigos queridos,
Mais do que nunca precisamos ter fé, a certeza
absoluta no amor do Pai, na gerência deste planeta, por nosso amado Jesus e
também, na presença amiga de todos os irmãos superiores, benfeitores, as
falanges benditas, todos vibrando e trabalhando por nós.
Os tempos são chegados! Já sentimos os efeitos de
todas as nossas imperfeições, ações, pensamentos negativos.
Desde muito fomos avisados. Inúmeras vezes o
governador deste planeta tem enviado mensageiros, culminando com a própria
vinda do Mestre. Portanto, há 2017 anos, convivemos com sua mensagem, mas até
agora, apenas a deturpamos ou a negamos.
Mas, eis que por misericórdia, Ele nos envia o
Consolador prometido, que há mais ou menos 150 anos desvendou todas as
verdades, retirando os véus da ignorância, esclareceu os maus entendidos, reviu
as interpretações errôneas. E nós, os espíritas, aqueles que compreenderam a
verdade, precisamos rever atitudes, renovar nossa fé, promover nossa
transformação.
A máxima: “Conheceis os verdadeiros espíritas por
suas ações.”, não é apenas uma frase de efeito. É a cartilha onde devemos
pautar tudo em nossa vida. Atitudes, pensamentos, a vida de relação, enfim,
pensar e agir de acordo com a mensagem Crística.
Sabemos o quanto é difícil promover a nossa
reforma íntima. Nós ainda estamos caminhando, por isso compreendemos as suas
dificuldades. Mas, conforme vamos caminhando e conseguindo mudanças, cada vez
ficamos mais exigentes conosco mesmo e vamos subindo o gólgota evolutivo. Um
dia alcançaremos os cimos, esse é o nosso destino.
Queridos companheiros de viagem, não desanimem.
Está em suas mãos libertarmos o planeta dos miasmas negativos dos filhos das
trevas. Irmãozinhos enganados, confusos, rebeldes, mas que também, a seu tempo,
alcançarão a plenitude. Mas agora, o momento é de transformação imediata. É
preciso promover a reforma. O tempo da Regeneração está às “portas de Damasco”.
Nós já ansiamos por isso. Estamos cansados! Estamos prontos!
Coragem, fé, paciência, resignação, esperança,
confiança. Seguremos nas mãos do Mestre através de seus prepostos e caminhemos
em direção ao Alto. Não esqueçamos nunca que somos Espíritos imortais,
temporariamente vestidos por um corpo físico; que a morte não existe; não
precisamos temê-la; a única coisa certa é a de que queremos viver na Terra
transformada, queremos viver em um mundo de regeneração; queremos continuar
sobre o manto de Jesus.
Fiquem em paz. Um companheiro de viagem!
Renovação
O supremo objetivo do homem, na Terra, é o da sua
própria renovação.
Aprender, refletir e melhorar-se, pelo trabalho
que dignifica — eis a nossa finalidade, o sentido divino de nossa presença no
mundo.
Descendo o Cristo das esferas de luz da Espiritualidade
Superior à Terra, teve por escopo orientar a Humanidade na direção do
aperfeiçoamento.
“Brilhe a vossa luz” — eis a palavra de ordem,
enérgica e suave, de Jesus, a quantos Lhe herdaram o patrimônio evangélico,
trazido ao mundo ao preço do Seu próprio sacrifício. [...]
O interesse do Senhor é o de que os Seus
discípulos, de ontem, de hoje Chie de qualquer tempo, sejam enobrecidos por
meio de uma existência moralizada, esclarecida, fraterna.
O Evangelho aí está, como presente dos céus, para
que o ser humano se replete com as suas bênçãos, se inunde de suas luzes, se
revigore com as suas energias, se enriqueça com os seus ensinos eternos.
O Espiritismo, em particular, como revivescência
do Cristianismo, também aí está, ofertando-nos os oceânicos tesouros da
Codificação. [...]
A renovação do homem, sob o ponto de vista moral,
intelectual e espiritual, é difícil, sem dúvida. Mas é francamente realizável.
É indispensável, tão somente, disponha-se ele ao
esforço transformativo, com a consequente utilização desses recursos, desses
meios, desses elementos que o Evangelho e o Espiritismo lhe fornecem
exuberantemente, farta e abundantemente, sem a exigência de qualquer outro
preço a não ser o preço de uma coisa bem simples: a boa vontade. A disposição
de auto melhoria.
O homem, para renovar-se, tem que estabelecer um
programa tríplice, como ponto de partida para a sua realização íntima, para que
“brilhe a sua luz”, baseado no Estudo, na Meditação e no Trabalho. [...]
“É na vossa perseverança que ganhamos as vossas
almas.”
A estrada é difícil, o caminho é longo, repleto de
espinhos e pedras, de obstáculos e limitações, porém, a meta é perfeitamente
alcançável.
Uma coisa, apenas, é indispensável:
Boa vontade construtiva, eficiente, positiva.
O resto virá, no curso da longa viagem...
(Trecho do livro Estudando o Evangelho de Martins
Peralva)
Jovens
No estudo das ideias inatas, pensemos nos jovens,
que somam às tendências do passado as experiências recém adquiridas.
Com exceção daqueles que renasceram submetidos à
observação patológica mental, todos vieram da estação infantil para o
desempenho de nobre destino.
Entretanto, quantas ansiedades e quantas
flagelações quase todos padecem, antes de se firmarem no porto seguro do dever
a cumprir!...
Ao mapa de orientação respeitável que trazem das
Esferas Superiores, a transparecer-lhes do sentimento, na forma de entusiasmo e
sonhos juvenis, misturam-se as deformações da realidade terrestre que neles
espera a redenção do futuro.
Muitos saem da meninice moralmente mutilados pelas
mãos mercenárias a que foram confiados no berço, e outros tanto acordam no
labirinto dos exemplos lamentáveis, partidos daqueles mesmos de quem contavam
colher as diretrizes do aprimoramento interior.
Muitos são arremessados aos problemas da
orfandade, quando mais necessitavam de apoio amigo, junto de outros que
transmitam na Terra, à feição das aves de ninho desfeito, largados, sem rumo, à
tempestade das paixões subalternas.
Alguns deles, revoltados contra o lodo que se lhes
atira à esperança, descem aos mais sombrios pântanos do crime, enquanto muitos
outros, fatigados pela miséria, se refugiam em prostíbulos dourados para
morrerem na condição de náufragos da noite.
Perde-se lhes o porvir, e arruína-se lhes o
presente. [...]
Não condenes a mocidade, sempre que a veja
dementada ou inconsequente.
Cada menino e moço no mundo é um plano da
Sabedoria Divina para serviço à Humanidade, e todo menino e moço transviado é
um plano da Sabedoria Divina que a Humanidade corrompeu ou destruiu.
Recebemos os jovens de qualquer procedência por
nossos próprios filhos, estimulando neles o amor ao trabalho e a iniciativa da
educação.
Diante de todos os que começam a luta, a senha
será sempre – “velar e compreender” -, a fim de que saibamos semear e
construir, porque, em todos os tempos, onde a juventude é desamparada, a vida
perece.
(Do livro Religião dos Espíritos de Chico Xavier –
Emmanuel em Reunião pública de 10/08/1959 – Questão 218)
Belíssimo trabalho que deve ser divulgado por todos os amigos da CESC!
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