Editorial
Dias Melhores
A atmosfera da Terra
parece mergulhada em densa penumbra que gera desequilíbrios múltiplos, deixando
as almas atônitas e desesperançadas.
Por onde se olhe, o
tumulto está estabelecido, gerando desconforto e insegurança.
A criminalidade vem se
multiplicando de maneira assustadora, desrespeitando os limites da humanidade,
agredindo fatalmente criaturas que se encontram indefesas, independente da
idade e condição social, até mesmo ceifando vidas no vigor da juventude, que
ainda poderiam desenvolver dias promissores.
Não podemos admitir que
todas essas coisas que afrontam os objetivos primordiais da reencarnação
estejam dentro de uma predestinação divina para o homem, pois Deus criou apenas
o bem, sendo o mal um desvio de conduta de almas imaturas que trazem dentro de
si algo do primitivismo onde a força impõe uma liderança abrigada na ignorância
espiritual.
O ser espiritual já
atingiu uma condição que lhe permitiria percorrer outros caminhos que não os da
falta de respeito, da usura e dos interesses mesquinhos, os quais estão se
tornando modelo de conduta, a partir do próprio núcleo familiar, onde muitas
vezes toma proporções assustadoras.
A competitividade
impulsiona os seres a sonhos medidos que vêm pulverizando a ética e a moral.
O supérfluo está ganhando
ares de necessidade, roubando a muitos as horas preciosas do convívio familiar,
no qual poderiam ter fortalecido o campo emocional, a fim de descobrir que o
poder aquisitivo não representa a felicidade real.
Os relacionamentos
afetivos estão sendo sobrepujados pelo jogo dos interesses escusos, e as
criaturas, usadas como trampolins sociais.
As dificuldades materiais
atormentam os seres apegados aos modelos da coletividade, a exigir que todos
sejam bem-sucedidos e possuam contas bancárias polpudas como atestados de
idoneidade e passaporte para a aceitação geral.
Atormentados, atiram-se à
selva das ilusões cada vez mais, sentindo-se extenuados e solitários, porque
estão dependurados no abismo da depressão pela falta de convivência com Deus.
Sonham com dias melhores
para o planeta, mas não se empenham em tornar-se instrumentos dessa
transformação, promovendo uma faxina moral a partir de si mesmos.
Não conseguem enxergar que
esses dias não surgirão ao acaso e nem serão diferentes porque o sol brilhará
em outros tons, ou os pássaros cantarão outros sons, ou as flores exibirão
outros aromas. Aliás, essas belezas aguardadas já existem e não são percebidas,
pois as almas caminham sobre as cinzas de si mesmas.
Não permitam que a sedução
do ouro lhes obscureça a razão e, com isso, nem sequer sejam capazes de
perceber o valor inafiançável da própria existência.
Enquanto adornam o corpo
com o que não é necessário, negam à alma o essencial para garantir a
integridade moral diante da difícil travessia.
Vocês não vivem dias
comuns, mas um momento ímpar de transformação, em que todas as resistências
serão testadas e o amanhã construído na segurança do amor, a fim de que a Terra
possa alcançar um período de luz, em que dias melhores sejam uma constante e
cada alma um sinal definitivo da presença de Deus.
(Mensagem de Maria do Rosário Del Pilar, no livro
A Conquista da Felicidade de Eulália Bueno)
O Consolador
“Mas aquele Consolador, o Espírito
Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João, 14:26)
A promessa do Cristo de
enviar outro Consolador prende-se ao fato de que a Humanidade não estava
madura, à época, para entender a essência e a verdade contidas nos seus
ensinamentos. O advento do Consolador, também denominado Espírito Santo ou
Espírito de Verdade, tem dupla finalidade: explicar e recordar os ensinamentos
do Cristo, não de forma literal como aconteceu ao longo dos séculos, mas em
espírito e verdade.
A expressão “Espírito
Santo”, citada no texto de João, tem significado espírita específico que nada
tem a ver com a teologia de outras interpretações cristãs: indica fonte sábia e
inesgotável de bens espirituais, recursos que dimanam do Alto, da fonte da
Vida, no trabalho justo e incansável que se estende pelo Universo.
A vinda do Consolador tem,
pois, o poder de ampliar os horizontes do entendimento humano, favorecendo a
busca pelos legítimos valores de libertação do Espírito. Para o espírita, o
Espiritismo representa a consubstanciação da Mensagem Cristã porque explica e
revive os ensinamentos do Evangelho. A Doutrina Espírita levantou o véu que
encobria o entendimento das parábolas e dos demais ensinamentos de Jesus. [...]
Faz ressurgir a mensagem cristã em bases claras e lúcidas, orientando como
aplicá-la no dia-a-dia, sem a utilização de simbolismos ou de metáforas.
O Espiritismo é
considerado o Consolador Prometido porque a sua mensagem, sendo de fácil
entendimento, está destinada a todas as pessoas, sem exceção e, ao mesmo tempo,
consola, agasalha, auxilia e esclarece as pessoas que passam por aflições ou
que buscam esclarecimento espiritual.
As orientações espíritas
ensinam que a pessoa que erra não deve ser julgada, mas amparada. Precisa
receber o conforto necessário para saber superar as provações da vida. [...]
As palavras de Jesus
revelam que o Consolador tem como característica básica guiar os aprendizes no
caminho da verdade. Não existirão mais simbolismos, nem rituais, nem
interpretações pessoais, apenas o ensinamento puro da mensagem cristã.
É a verdade essencial que
liberta e promove o crescimento do Espírito, demonstrada pela natureza dos seus
pensamentos, pelas ideias que expressa e pelas ações que realiza. Essa verdade
corresponde à verdade individual de cada pessoa, definindo-lhe o seu piso
evolutivo. Daí a importância da afirmativa de Jesus: “Conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará” (João, 8:32).
A Verdade Suprema,
contudo, está em Deus. Jesus reflete-a com autoridade, e sabedoria, enquanto os
seres humanos a manifestam segundo o nível de evolução espiritual que possuem.
O Espírito de Verdade, portanto, não falará de si mesmo, mas revelará, sempre,
a obra divina, intermediada pelos instrumentos mediúnicos, de todos os tempos,
que estejam sintonizados com os valores sublimados da Vida.
(Pauta do Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Livro III - FEB)
Psicografia recebida em 23/01/2020
Meu irmão,
Venho lhe dizer que não
morri. Estou vivo!
Não no sentido figurado,
como se diz “Ela está viva em seus corações”, mas que vivo de verdade, com um
corpo, vestes, sapatos e tudo mais. Parece mentira, pois nunca havíamos ouvido
falar nisso. Mas a vida após a morte não é um sonho, ou mera ficção, ela existe
de verdade e é mais real do que possas imaginar.
Sei que tens vindo a esta
casa em busca de respostas e consolo, mas apesar de tudo o que tens ouvido,
ainda não te convenceste. É verdade.
Mamãe, você e as crianças,
tenho podido vê-los durante breves momentos, para não correr o risco de me
desarmonizar, pois ainda tenho algumas dificuldades de me manter equilibrada,
principalmente, vendo vocês inconformados com minha partida.
Fiquem sabendo que estava
na minha hora. Era um momento inadiável, não importa o que vocês pudessem ter
feito para evitar.
Saiba que estou bem, só
ainda não me sinto feliz, por ver que vocês ainda não aceitaram o que aconteceu
e se culpam. Toda esta dor vai passar, confiem no amor de Deus e no que lhe
digo agora. E conforte nossa mãe, diga-lhe que estou bem e que ela está certa,
um dia nos veremos.
Agora tenho plena certeza
disso e quero compartilhar essa certeza com vocês. Peço ao Pai, todos os dias,
para lhes confortar e proteger,
Amo vocês, Inácia.
Psicografia recebida em 16/01/2020
Amigos e Irmãos!
Todos os momentos de
nossas vidas, oportunidades são ofertadas, algumas visíveis e imprescindíveis,
outras aparentemente simples, a curto prazo, e outras ainda que nem são
percebidas. No entanto, todas devem ser aproveitadas da melhor maneira
possível, percebendo-as ou não. Mas como isso é possível, se muitas são imperceptíveis?
A resposta é objetiva e direta: orando e agradecendo. Orando por melhores ações
que colherão e agradecendo por ter resistido às tentações das facilidades. E
seguindo essa premissa, encerra-se aqui uma etapa linda, uma experiencia
inesquecível, uma possibilidade de crescimento, um degrau a menos na escada da
evolução.
Nossa parceria, nessa etapa,
se encerra aqui, cumprindo nossa missão, que foi de grande aprendizado, foi
benéfica para ambos, mas novos desafios precisam ser encarados, para isso foi
preciso uma preparação. Nada é para sempre, apenas o espírito o é. A despedida
dói devido ao amor e dedicação, mas até uma despedida não é para sempre.
Hoje ela representa,
apenas, uma separação para a evolução natural e necessária de ambas as partes.
Logo que assim acontecer, se reencontrarão em outras tarefas mais complexas,
que exigem bagagem que ainda não temos. Não chore, fortaleça-se e prepare-se
porque o que tem para fazer é algo grande, muito grande.
Seu amigo Ícaro.
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