Prezados irmãos de caminhada,
O Conselho Espírita do Estado do
Rio de Janeiro – CEERJ – após encontros e seminários desenvolvidos em todo
Estado, e pela sua função de órgão federativo, tem a tarefa de emitir
diretrizes, discutir propostas, receber e divulgar subsídios voltados para o bom
desenvolvimento das atividades nas Casas Espíritas.
As informações que compõem a
Coleção Diretrizes Doutrinárias do CEERJ, fazem parte das recomendações da
Federação Espírita Brasileira, através das reuniões no Conselho Federativo
Nacional e da Comissão Regional Sul, fundamentadas nas obras básicas da Doutrina
Espírita e dos bons espíritos que nos tem brindado com informações preciosas.
O Conselho Estadual Espírita de
Unificação do Movimento Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEEU - só
reconhece como legítimos Centros Espíritas as Instituições que vivenciam a Doutrina
Espírita tal como está claramente definido nas Diretrizes Doutrinárias, aprovadas
em reunião de 30 de maio de 2004.
Desta forma, a Casa Espírita Suave
Caminho está procurando adequar-se à estas Diretrizes, visando a uniformidade
no funcionamento de suas diversas atividades, distribuídas em seus sete
departamentos. Para isso, contamos com a participação de todos os tarefeiros e
voluntários que doam seu tempo e amor, na concretização dos objetivos da CESC.
Teremos em nossa casa espírita, no
dia 25 deste mês, uma reunião onde esperamos contar com a presença de todos os
seus tarefeiros, tomando ciência das propostas que serão apresentadas pelos
representantes do CEERJ e pela diretoria da casa.
Para aqueles que tenham interesse
em conhecer, antecipadamente, o que ditam as Diretrizes Doutrinárias do CEERJ,
segue abaixo alguns dos links para consulta prévia, bem como os links do nosso
Regimento Interno e Estatuto da Casa Espírita Suave Caminho.
RENOVAÇÃO
As revelações
dos Espíritos convidam naturalmente a ideais mais elevados, a propósitos mais
edificantes.
Para as
inteligências realmente dispostas à renunciação da animalidade, são elas
sublime incentivo à renovação interior, modificando a estrutura fluídica do ambiente
mental que lhes é próprio.
Se a
civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas
surjam sobre o solo e para que estradas se rasguem soberanas, é indispensável a
eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que devotam
ao apostolado do progresso.
A
Humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a
floresta escura, povoada de monstruosidades.
Se nos
fundamentos evolutivos da organização planetária encontramos os animais pré-históricos,
oferecendo a predominância do peso e da ferocidade sobre quaisquer outros
característicos, nos alicerces da civilização do espírito ainda perseveram os
grandes monstros do pensamento, constituídos por energias fluídicas, emanadas
dos centros de inteligência que lhes oferecem origem.
Temos,
assim, dominando ainda a formação sentimental do mundo, os mamutes da
ignorância, os megatérios da usura, os iguanodontes da vaidade ou os
dinossauros da vingança, da barbárie, da inveja ou da ira.
As
energias mentais dos habitantes da Terra tecem o envoltório que os retém à
superfície do Globo. Raros são aqueles cuja mente vara o teto sombrio com os
raios de luz dos sentimentos sublimados que lhes fulguram no templo
íntimo.
O
pensamento é o gerador dos infracorpúsculos ou das linhas de força do mundo
subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida
ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. E a moradia dos homens
ainda está mergulhada em fluidos ou em pensamentos vivos e semicondensados de
estreiteza espiritual, brutalidade, angústia, incompreensão, rudeza, preguiça,
má vontade, egoísmo, injustiça, crueldade, separação, discórdia, indiferença,
ódio, sombra e miséria...
Com a
demonstração da sobrevivência da alma, porém, a consciência humana adquire
domínio sobre as trevas do instinto, controlando a corrente dos desejos e dos
impulsos, soerguendo as aspirações da criatura para níveis mais altos.
Os
corações despertados para a verdade começam a entender as linhas eternas da
justiça e do bem. A voz do Cristo é ouvida sob nova expressão na mais profunda
acústica da alma.
Quem
acorda converte-se num ponto de luz no serro denso da Humanidade, passando a
produzir fluidos ou forças de regeneração e redenção, iluminando o plano mental
da Terra para a conquista da vida cósmica no grande futuro.
Em
verdade, pois, nobre é a missão do Espiritismo, descortinando a grandeza da
universalidade divina à acanhada visão terrestre; no entanto, muito maior é
muito mais sublime é a missão do nosso ideal santificante com Jesus para o
engrandecimento da própria Terra, a fim de que o Planeta se divinize para o
Reino do Amor Universal.
(Mensagem
de Emmanuel, do Livro Roteiro de Francisco Candido Xavier)
Inimizade entre irmãos
As
brigas entre irmãos são naturais. Afinal, luta-se por espaço, pelo domínio do
ambiente e do controle das situações, resquícios da experiência animal presente
no ser humano. Há limites para os pais permitirem que a situação perdure. O
trabalho de conciliação deve ser constante, principalmente durante a infância e
a adolescência. Na maioria dos casos são inimigos de tempos remotos que
reencarnam como irmãos consanguíneos a fim de que juntos aprendam a lei de
Amor.
Em
geral o orgulho e a rigidez mental impedem que se reconciliem. Só a educação e
o contato familiar poderão alterar a situação. Os pais devem estar atentos para
promover o necessário respeito de um pelo outro para que a contenda não perdure
por mais outra encarnação. Deve-se evitar deixar de dar razão a qualquer um
deles quando a situação assim se justificar, pois, sob pretexto de ficar neutro
pode-se ser injusto. Mesmo sendo dada a razão a quem a tenha, deve-se,
posteriormente, conversar com quem ocupou aquele lugar sobre a necessidade de
evitar a contenda, tendo em vista que o outro irá nutrir o natural sentimento
de vingança.
Àquele
que não tinha razão, deve-se expor o motivo pelo qual ele se equivocou e como
poderá proceder quando algo semelhante ocorrer. É imprescindível que sempre
haja o diálogo de mediação para que os direitos sejam respeitados.
É
também importante lembrar que, quando a causa geradora da inimizade vem de
vidas passadas, no inconsciente de cada um deles estará a contenda anterior, a
qual, naquele que se sentiu injustiçado, gerará a postura de quem deseja alguma
desforra ou compensação. Isso poderá ser observado quando a razão costuma
estar, muitas vezes, do lado de um deles, o qual, via de regra, não foi o
injustiçado do passado.
[...]Briga-se
por causa de objetos insignificantes, por sentimentos não resolvidos, por
palavras mal colocadas, por agressões voluntárias ou não, pela disputa de
poder, dentre outros. Em todos os casos alguém não tem razão ou ambos. Quando
um dos dois tem razão, o outro, se quiser, pode mudar a situação renunciando ao
seu direito de conquistar seu opositor. Nem sempre a renúncia é possível, visto
que, às vezes, os bens e valores envolvidos são muito caros a ambos. Quando a
renúncia está presente, ambos ganham.
[...] É
importante que os pais fiquem atentos a fim de passar aos filhos a existência
de uma justiça maior que a todos vê e age com amorosidade no momento adequado.
Devem os pais ensinar a lisura nas relações e a honestidade em tudo que se
faça, pois a ausência delas costuma provocar o ressurgimento de velhas
desavenças que já poderiam ter sido eliminadas.
“Bem-aventurados
os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
[...] A
paz interior é fundamental para sermos pacificadores e para evitarmos as
contendas que porventura venhamos a ter com alguém. Nenhum de nós sabe
exatamente sobre o seu passado para afirmar categoricamente que não tenha tido
inimigos. Eles costumam aparecer na encarnação quando menos esperamos, portanto
devemos estar preparados com a paz a fim de quebrarmos o padrão repetitivo de
litígio. É típico das inimizades entre irmãos a disputa de poder pela atenção
das pessoas, pelos sentimentos de alguém ou pelos bens materiais. Em qualquer
dos casos é imprescindível educar o espírito para a renúncia e o desapego. Isso
se consegue toda vez que se doa amor àquele que reivindica o que não lhe é
devido.
(Do
Livro Evangelho e Família de Adenáuer Novaes)
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