Editorial
Viver Melhor
Todos queremos ser
felizes, viver melhor. Entretanto, ouçamos a experiência.
A felicidade não é um
tapete mágico. Ela nasce do bem que você espalhe, não daqueles que se acumulam
inutilmente. Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode
fazer sem possuir nenhuma. Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades
dos outros. Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos
recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento. A
receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que
venhamos a realizar para os outros.
A vida é dom de DEUS em
todos. E quem serve só para si não serve para os objetivos da vida, porque
viver é participar, progredir, elevar, integrar-se. Se aspiramos a viver
melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos. Para isso, não
precisa você condicionar-se a alheios pontos de vista.
Engaje-se na fileira de
servidores que se lhe afine com as aptidões. Aliste-se em qualquer serviço no
bem comum. É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção
de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um
doente. Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja. Viva em segurança,
cooperando na segurança dos outros. Aprendamos a entregar o melhor de nós à
vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria. Seja
feliz, fazendo os outros felizes.
Saia de você mesmo ao
encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os
outros nos farão encontrar DEUS. Não julgue que semelhante instrução seja
assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra.
Se você acredita que os
chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os mortos se quiserem
paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.
(Mensagem de André Luiz, no livro Respostas da
Vida de Francisco Cândido Xavier)
Jesus Veio
“Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens.” — Paulo. (Filipenses 2:7)
Muitos discípulos falam de
extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de
confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se
compraz imensa percentagem de criaturas da Terra.
Entretanto, tais
reclamações não são justas.
Para executar sua divina
missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos
aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma
de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.
Não podíamos ir ter com o
Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando
temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de
sensacionalismo.
O exemplo de Jesus, nesse
particular, representa lição demasiado profunda.
Ninguém alegue conquistas
intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da
Terra.
Homem algum dos que
passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à
mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu
derradeiro testemunho entre ladrões.
Se teu próximo não pode
alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele,
para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe
ofendam a inferioridade.
Recorda a demonstração do
Mestre Divino.
Para vir a nós, aniquilou
a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do
trabalho glorioso, como servo crucificado.
(Mensagem de Emmanuel, no Livro Caminho, Verdade e
Vida de Francisco Cândido Xavier)
A Lição do Esquecimento
Não fosse o olvido temporário que assegura o refazimento da alma, na
reencarnação, segundo a misericórdia do Senhor que lhe orienta a reta justiça,
decerto teríamos no mundo, ao invés da escola redentora, a jaula escura e
extensa, onde os homens se converteriam em feras a se digladiarem
indefinidamente.
Não fosse o dom do esquecimento que envolve o berço terrestre, o ódio
viveria eternizado transformando a Terra em purgatório angustioso e terrível,
onde nada mais faríamos que chorar e lamentar, acusar e gemer.
A
Divina Bondade, contudo, em cada romagem do espírito no campo do mundo,
confere-lhe no corpo físico o arado novo suscetível de valorizar-lhe a
replantação do destino, no rumo do porvir.
De
existência a existência, o Senhor vela-nos caridosamente a memória, a fim de
que saibamos metamorfosear espinhos em flores e aversões em laços divinos.
O
Pai, no entanto, com semelhante medida, não somente nos ampara com a
providencial anestesia das chagas anteriores, em favor do nosso êxito em novos
compromissos.
Com
essa dádiva, Ele que nos reforma o empréstimo do ensejo de trabalho, de
experiência à experiência, nos induz à verdadeira fraternidade, para o
esquecimento de nossas recíprocas, dia à dia.
Aprendamos a olvidar as úlceras e as
cicatrizes, as deformidades e os defeitos do irmão de jornada, se nos propomos
efetivamente a avançar para diante, em busca de renovadores caminhos.
Cada dia é como que a “reencarnação da oportunidade”, em que nos cabe
aprender com o bem, redimindo o passado e elevando o presente, para que o nosso
futuro não mais se obscureça.
Nas tarefas de redenção, mais vale esquecer que lembrar, a fim de que
saibamos mentalizar com segurança e eficiência a sublimação pessoal que nos
cabe atingir.
O
Senhor nos avaliza os débitos, para que possamos adquirir os recursos
destinados ao nosso próprio reajustamento à frente da Lei.
Recordemos o exemplo do Céu, destruindo os resíduos de sombra que, em
forma de lamentação e de queixas, emergem ainda à tona de nossa personalidade,
derramando-se em angústia e doença, através do pensamento e da palavra, da voz
e da atitude.
Exaltemos o bem, dilatemo-lo e consagremo-lo nos menores gestos e em
nossas mínimas tarefas, a cada instante da vida, e, somente assim, aprenderemos
com o Senhor a olvidar a noite do pretérito, no rumo da alvorada que nos espera
no fulgor do amanhã.
(Mensagem de Emmanuel, no Livro Família de
Francisco Cândido Xavier)
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