quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Ano I - Rio das Ostras - Edição Novembro 2017


Prezados irmãos de caminhada,

O Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEERJ – após encontros e seminários desenvolvidos em todo Estado, e pela sua função de órgão federativo, tem a tarefa de emitir diretrizes, discutir propostas, receber e divulgar subsídios voltados para o bom desenvolvimento das atividades nas Casas Espíritas.
As informações que compõem a Coleção Diretrizes Doutrinárias do CEERJ, fazem parte das recomendações da Federação Espírita Brasileira, através das reuniões no Conselho Federativo Nacional e da Comissão Regional Sul, fundamentadas nas obras básicas da Doutrina Espírita e dos bons espíritos que nos tem brindado com informações preciosas.
O Conselho Estadual Espírita de Unificação do Movimento Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEEU - só reconhece como legítimos Centros Espíritas as Instituições que vivenciam a Doutrina Espírita tal como está claramente definido nas Diretrizes Doutrinárias, aprovadas em reunião de 30 de maio de 2004.
Desta forma, a Casa Espírita Suave Caminho está procurando adequar-se à estas Diretrizes, visando a uniformidade no funcionamento de suas diversas atividades, distribuídas em seus sete departamentos. Para isso, contamos com a participação de todos os tarefeiros e voluntários que doam seu tempo e amor, na concretização dos objetivos da CESC.
Teremos em nossa casa espírita, no dia 25 deste mês, uma reunião onde esperamos contar com a presença de todos os seus tarefeiros, tomando ciência das propostas que serão apresentadas pelos representantes do CEERJ e pela diretoria da casa.
Para aqueles que tenham interesse em conhecer, antecipadamente, o que ditam as Diretrizes Doutrinárias do CEERJ, segue abaixo alguns dos links para consulta prévia, bem como os links do nosso Regimento Interno e Estatuto da Casa Espírita Suave Caminho.







RENOVAÇÃO 
As revelações dos Espíritos convidam naturalmente a ideais mais elevados, a propósitos mais edificantes.
Para as inteligências realmente dispostas à renunciação da animalidade, são elas sublime incentivo à renovação interior, modificando a estrutura fluídica do ambiente mental que lhes é próprio. 
Se a civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas surjam sobre o solo e para que estradas se rasguem soberanas, é indispensável a eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que devotam ao apostolado do progresso. 
A Humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a floresta escura, povoada de monstruosidades. 
Se nos fundamentos evolutivos da organização planetária encontramos os animais pré-históricos, oferecendo a predominância do peso e da ferocidade sobre quaisquer outros característicos, nos alicerces da civilização do espírito ainda perseveram os grandes monstros do pensamento, constituídos por energias fluídicas, emanadas dos centros de inteligência que lhes oferecem origem. 
Temos, assim, dominando ainda a formação sentimental do mundo, os mamutes da ignorância, os megatérios da usura, os iguanodontes da vaidade ou os dinossauros da vingança, da barbárie, da inveja ou da ira. 
As energias mentais dos habitantes da Terra tecem o envoltório que os retém à superfície do Globo. Raros são aqueles cuja mente vara o teto sombrio com os raios de luz dos sentimentos sublimados que lhes fulguram no templo íntimo. 
O pensamento é o gerador dos infracorpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. E a moradia dos homens ainda está mergulhada em fluidos ou em pensamentos vivos e semicondensados de estreiteza espiritual, brutalidade, angústia, incompreensão, rudeza, preguiça, má vontade, egoísmo, injustiça, crueldade, separação, discórdia, indiferença, ódio, sombra e miséria... 
Com a demonstração da sobrevivência da alma, porém, a consciência humana adquire domínio sobre as trevas do instinto, controlando a corrente dos desejos e dos impulsos, soerguendo as aspirações da criatura para níveis mais altos. 
Os corações despertados para a verdade começam a entender as linhas eternas da justiça e do bem. A voz do Cristo é ouvida sob nova expressão na mais profunda acústica da alma.
Quem acorda converte-se num ponto de luz no serro denso da Humanidade, passando a produzir fluidos ou forças de regeneração e redenção, iluminando o plano mental da Terra para a conquista da vida cósmica no grande futuro. 
Em verdade, pois, nobre é a missão do Espiritismo, descortinando a grandeza da universalidade divina à acanhada visão terrestre; no entanto, muito maior é muito mais sublime é a missão do nosso ideal santificante com Jesus para o engrandecimento da própria Terra, a fim de que o Planeta se divinize para o Reino do Amor Universal.
(Mensagem de Emmanuel, do Livro Roteiro de Francisco Candido Xavier)



Inimizade entre irmãos

As brigas entre irmãos são naturais. Afinal, luta-se por espaço, pelo domínio do ambiente e do controle das situações, resquícios da experiência animal presente no ser humano. Há limites para os pais permitirem que a situação perdure. O trabalho de conciliação deve ser constante, principalmente durante a infância e a adolescência. Na maioria dos casos são inimigos de tempos remotos que reencarnam como irmãos consanguíneos a fim de que juntos aprendam a lei de Amor.
Em geral o orgulho e a rigidez mental impedem que se reconciliem. Só a educação e o contato familiar poderão alterar a situação. Os pais devem estar atentos para promover o necessário respeito de um pelo outro para que a contenda não perdure por mais outra encarnação. Deve-se evitar deixar de dar razão a qualquer um deles quando a situação assim se justificar, pois, sob pretexto de ficar neutro pode-se ser injusto. Mesmo sendo dada a razão a quem a tenha, deve-se, posteriormente, conversar com quem ocupou aquele lugar sobre a necessidade de evitar a contenda, tendo em vista que o outro irá nutrir o natural sentimento de vingança.
Àquele que não tinha razão, deve-se expor o motivo pelo qual ele se equivocou e como poderá proceder quando algo semelhante ocorrer. É imprescindível que sempre haja o diálogo de mediação para que os direitos sejam respeitados.
É também importante lembrar que, quando a causa geradora da inimizade vem de vidas passadas, no inconsciente de cada um deles estará a contenda anterior, a qual, naquele que se sentiu injustiçado, gerará a postura de quem deseja alguma desforra ou compensação. Isso poderá ser observado quando a razão costuma estar, muitas vezes, do lado de um deles, o qual, via de regra, não foi o injustiçado do passado.
[...]Briga-se por causa de objetos insignificantes, por sentimentos não resolvidos, por palavras mal colocadas, por agressões voluntárias ou não, pela disputa de poder, dentre outros. Em todos os casos alguém não tem razão ou ambos. Quando um dos dois tem razão, o outro, se quiser, pode mudar a situação renunciando ao seu direito de conquistar seu opositor. Nem sempre a renúncia é possível, visto que, às vezes, os bens e valores envolvidos são muito caros a ambos. Quando a renúncia está presente, ambos ganham.
[...] É importante que os pais fiquem atentos a fim de passar aos filhos a existência de uma justiça maior que a todos vê e age com amorosidade no momento adequado. Devem os pais ensinar a lisura nas relações e a honestidade em tudo que se faça, pois a ausência delas costuma provocar o ressurgimento de velhas desavenças que já poderiam ter sido eliminadas.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
[...] A paz interior é fundamental para sermos pacificadores e para evitarmos as contendas que porventura venhamos a ter com alguém. Nenhum de nós sabe exatamente sobre o seu passado para afirmar categoricamente que não tenha tido inimigos. Eles costumam aparecer na encarnação quando menos esperamos, portanto devemos estar preparados com a paz a fim de quebrarmos o padrão repetitivo de litígio. É típico das inimizades entre irmãos a disputa de poder pela atenção das pessoas, pelos sentimentos de alguém ou pelos bens materiais. Em qualquer dos casos é imprescindível educar o espírito para a renúncia e o desapego. Isso se consegue toda vez que se doa amor àquele que reivindica o que não lhe é devido.
(Do Livro Evangelho e Família de Adenáuer Novaes)