terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Dezembro 2020

Editorial

 


Nas Pegadas de Jesus

 

“Tenho-vos dito estas coisas estando ainda convosco; mas o Paracleto, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o quanto vos tenho dito.” (João XIV 25-26)

 

A Religião de Jesus é a eterna religião da luz e da verdade. Ela não se limita à prática de simples virtudes, tal como os homens a julgam. Abrangendo os amplos horizontes da vida espiritual, ensina-nos os meios indispensáveis para a aquisição da imortalidade.

A religião de Jesus não desaparece no túmulo, mas ergue-se como um Sol majestoso além da campa; onde tudo parece mergulhar em trevas, no nada, a verdade, a vida se manifesta com todo fulgor!

A religião de Jesus não é a religião da cruz, mas a religião da luz! Não é a religião da morte, mas a da vida! Não é a religião do desespero, mas a da esperança! Não é a religião da vingança, mas a da caridade! Não é a religião dos sofrimentos, mas a da felicidade! [...]

A religião de Jesus não é a religião da força, mas sim a religião do direito.

Quando as multidões absortas se aproximavam do Mestre querido, para ouvirem suas prédicas ungidas de fé, perfumadas da caridade e cintiladas de esperança, nunca o moço nazareno lhes acenou com uma cruz; nunca pretendeu colocar sobre os ombros de seus infelizes irmãos o peso do madeiro infamante.

Ao contrário, atraía-os com olhares de piedade e em suas sublimes exortações, em seus amorosos conselhos, para todos tinha palavras de perdão, de afeição, de consolação.

Aos aflitos e desanimados dizia: “Vinde a mim vós que vos achais sobrecarregados; aprendei de mim, que sou humilde e manso de coração; tomai sobre vós meu jugo, que é suave, meu fardo, que é leve, e achareis descanso para as vossas almas.”

A grande missão de Jesus foi abater todas as cruzes que o mundo tinha levantado; foi arrasar todos os calvários. Ele foi o portador do bálsamo para todas as feridas, do consolo para todas as aflições, da luz para todas as trevas. [...]

A religião de Jesus não consiste de dogmas e promessas falazes; é a religião da realidade. [...]

Por que é o Cristo a nossa esperança e a nossa fé? Por que lhe dedicamos amor, respeito, veneração? Por que nele confiamos nas nossas aflições? Por que fazemos preces? Por que lhe devotamos admiração e lhe rendemos graças?

Porque sabemos que ele pode e vem iluminar-nos a vida, robustecer-nos a crença, proteger-nos e amparar, auxiliar-nos e acariciar, como um pai devotado proporcionaria a felicidade e o bem estar a seus filhos. [...]

Esta é a religião de Jesus, pois se baseia em fatos irrefutáveis; esta é a religião da fraternidade, porque tem por base a afeição verdadeira, que não termina no túmulo; seguir as pegadas de Jesus é o bastante para que sejamos por ele guiados e vençamos também como ele venceu a morte com o triunfo da ressureição.

(Reflexões do livro Parábolas e ensinos de Jesus de Cairbar Schutel)

 


Palavra aos espiritas

Reunião pública de 17/4/59

Questão no 798

 

Espiritismo revivendo o Cristianismo - eis a nossa responsabilidade.

Como outrora Jesus revelou a Verdade em amor, no seio das religiões bárbaras de há dois mil anos, usando a própria vida como espelho do ensinamento de que se fizera veículo, cabe agora ao Espiritismo confirmar-lhe o ministério divino, transfigurando-lhe as lições em serviço de aprimoramento da Humanidade.

Espíritas!

Lembremo-nos de que templos numerosos, há muitos séculos, falam dEle, efetuando porfiosa corrida ao poder humano, olvidando-lhe a abnegação e a humildade.

E porque não puderam acomodar-se aos imperativos do Evangelho, fascinados que se achavam pela posse da autoridade e do ouro, erigiram pedestais de intolerância para si mesmos.

Todavia, a intolerância é a matriz do fratricídio, e o fratricídio é a guerra de conquista em ação. E a lei da guerra de conquista é o império da rapina e do assalto, da insolência e do ódio, da violência e da crueldade, proscrevendo a honra e aniquilando a cultura, remunerando a astúcia e laureando o crime, acendendo fogueiras e semeando ruínas em rajadas de sangue e destruição.

Somos, assim, chamados à tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos.

É imprescindível estudar educando, e trabalhar construindo.

Não vos afasteis do Cristo de Deus, sob pena de converterdes o fenômeno em fator de vossa própria servidão às cidadelas da sombra, nem algemeis os punhos mentais ao cientificismo pretensioso.

Mantende o cérebro e o coração em sincronia de movimentos, mas não vos esqueçais de que o Divino Mestre superou a aridez do raciocínio com a água Viva do sentimento, a fim de que o mundo moral do homem não se transforme em pavoroso deserto.

Aprendamos do Cristo a mansidão vigilante.

Herdemos do Cristo a esperança operosa.

Imitemos do Cristo a caridade intemerata.

Tenhamos do Cristo o exemplo resoluto.

Saibamos preservar e defender a pureza e a simplicidade de nossos princípios.

Não basta ter fé para vencer. É preciso que a fidelidade aos compromissos assumidos se nos instale por chama inextinguível na própria alma.

Nem conflitos estéreis.

Nem fanatismo dogmático.

Nem tronos de ouro.

Nem exotismo.

Nem perturbação fantasiada de grandeza intelectual.

Nem bajulação às conveniências do mundo.

Nem mensagens de terror.

Nem vaticínios mirabolantes

Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec, sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas no rumo do Bem Eterno.

O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol.

Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental.

Sigamos, pois, à frente, destemerosos e otimistas, seguros no dever e leais à própria consciência, na certeza de que o nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo está empenhado em nossas mãos.

(Mensagem de Emmanuel no livro Religião dos Espíritos de Francisco Cândido Xavier)

 


Psicografia recebida em 10/12/2019

 

Mestre Jesus, amigos espirituais que permitiram esta minha comunicação, gratidão.

Queridos ouvintes, espero conseguir, através desta comunicação, tocar seus corações.

Sou sabedor que nesta época de final de ano todos sentem-se mais sensibilizados para consigo mesmo e também para com aqueles com quem tem a oportunidade de dividirem a caminhada.

Todos sentem-se interrogativos sobre o ano que se finda e sobre o próximo que virá. Creio que o mais importante é ter a gratidão pelo que se vivenciou, pois mesmo quando se entende que não foi positivo, existe o aprendizado. A vida vai, quando se dá a oportunidade, nos mostrando os caminhos corretos a seguir, mas para ter esta percepção é importante abrir os ouvidos do coração. Situação que nem sempre se permitem.

Reflexões são sempre importantes, olhar para o lado e aprender também com as experiências alheias, ajuda-nos a entender melhor nossa trajetória.

Sabemos que ninguém vem a este mundo a passeio e que o tempo de Deus é diferente do nosso, mas nos deixamos levar por conflitos que não tem este entendimento e com isso o que mais vivencia-se é o sofrimento.

Assim meus irmãos, entendam e aceitem profundamente estas questões e desta forma transformem suas caminhadas para terem maior leveza e com isso fazerem o amor fluir com mais facilidade, pois somente ele traz a verdadeira felicidade.

Que o amor do Mestre Jesus os envolva hoje e sempre.

José Carlos.