terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Dezembro 2020

Editorial

 


Nas Pegadas de Jesus

 

“Tenho-vos dito estas coisas estando ainda convosco; mas o Paracleto, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o quanto vos tenho dito.” (João XIV 25-26)

 

A Religião de Jesus é a eterna religião da luz e da verdade. Ela não se limita à prática de simples virtudes, tal como os homens a julgam. Abrangendo os amplos horizontes da vida espiritual, ensina-nos os meios indispensáveis para a aquisição da imortalidade.

A religião de Jesus não desaparece no túmulo, mas ergue-se como um Sol majestoso além da campa; onde tudo parece mergulhar em trevas, no nada, a verdade, a vida se manifesta com todo fulgor!

A religião de Jesus não é a religião da cruz, mas a religião da luz! Não é a religião da morte, mas a da vida! Não é a religião do desespero, mas a da esperança! Não é a religião da vingança, mas a da caridade! Não é a religião dos sofrimentos, mas a da felicidade! [...]

A religião de Jesus não é a religião da força, mas sim a religião do direito.

Quando as multidões absortas se aproximavam do Mestre querido, para ouvirem suas prédicas ungidas de fé, perfumadas da caridade e cintiladas de esperança, nunca o moço nazareno lhes acenou com uma cruz; nunca pretendeu colocar sobre os ombros de seus infelizes irmãos o peso do madeiro infamante.

Ao contrário, atraía-os com olhares de piedade e em suas sublimes exortações, em seus amorosos conselhos, para todos tinha palavras de perdão, de afeição, de consolação.

Aos aflitos e desanimados dizia: “Vinde a mim vós que vos achais sobrecarregados; aprendei de mim, que sou humilde e manso de coração; tomai sobre vós meu jugo, que é suave, meu fardo, que é leve, e achareis descanso para as vossas almas.”

A grande missão de Jesus foi abater todas as cruzes que o mundo tinha levantado; foi arrasar todos os calvários. Ele foi o portador do bálsamo para todas as feridas, do consolo para todas as aflições, da luz para todas as trevas. [...]

A religião de Jesus não consiste de dogmas e promessas falazes; é a religião da realidade. [...]

Por que é o Cristo a nossa esperança e a nossa fé? Por que lhe dedicamos amor, respeito, veneração? Por que nele confiamos nas nossas aflições? Por que fazemos preces? Por que lhe devotamos admiração e lhe rendemos graças?

Porque sabemos que ele pode e vem iluminar-nos a vida, robustecer-nos a crença, proteger-nos e amparar, auxiliar-nos e acariciar, como um pai devotado proporcionaria a felicidade e o bem estar a seus filhos. [...]

Esta é a religião de Jesus, pois se baseia em fatos irrefutáveis; esta é a religião da fraternidade, porque tem por base a afeição verdadeira, que não termina no túmulo; seguir as pegadas de Jesus é o bastante para que sejamos por ele guiados e vençamos também como ele venceu a morte com o triunfo da ressureição.

(Reflexões do livro Parábolas e ensinos de Jesus de Cairbar Schutel)

 


Palavra aos espiritas

Reunião pública de 17/4/59

Questão no 798

 

Espiritismo revivendo o Cristianismo - eis a nossa responsabilidade.

Como outrora Jesus revelou a Verdade em amor, no seio das religiões bárbaras de há dois mil anos, usando a própria vida como espelho do ensinamento de que se fizera veículo, cabe agora ao Espiritismo confirmar-lhe o ministério divino, transfigurando-lhe as lições em serviço de aprimoramento da Humanidade.

Espíritas!

Lembremo-nos de que templos numerosos, há muitos séculos, falam dEle, efetuando porfiosa corrida ao poder humano, olvidando-lhe a abnegação e a humildade.

E porque não puderam acomodar-se aos imperativos do Evangelho, fascinados que se achavam pela posse da autoridade e do ouro, erigiram pedestais de intolerância para si mesmos.

Todavia, a intolerância é a matriz do fratricídio, e o fratricídio é a guerra de conquista em ação. E a lei da guerra de conquista é o império da rapina e do assalto, da insolência e do ódio, da violência e da crueldade, proscrevendo a honra e aniquilando a cultura, remunerando a astúcia e laureando o crime, acendendo fogueiras e semeando ruínas em rajadas de sangue e destruição.

Somos, assim, chamados à tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos.

É imprescindível estudar educando, e trabalhar construindo.

Não vos afasteis do Cristo de Deus, sob pena de converterdes o fenômeno em fator de vossa própria servidão às cidadelas da sombra, nem algemeis os punhos mentais ao cientificismo pretensioso.

Mantende o cérebro e o coração em sincronia de movimentos, mas não vos esqueçais de que o Divino Mestre superou a aridez do raciocínio com a água Viva do sentimento, a fim de que o mundo moral do homem não se transforme em pavoroso deserto.

Aprendamos do Cristo a mansidão vigilante.

Herdemos do Cristo a esperança operosa.

Imitemos do Cristo a caridade intemerata.

Tenhamos do Cristo o exemplo resoluto.

Saibamos preservar e defender a pureza e a simplicidade de nossos princípios.

Não basta ter fé para vencer. É preciso que a fidelidade aos compromissos assumidos se nos instale por chama inextinguível na própria alma.

Nem conflitos estéreis.

Nem fanatismo dogmático.

Nem tronos de ouro.

Nem exotismo.

Nem perturbação fantasiada de grandeza intelectual.

Nem bajulação às conveniências do mundo.

Nem mensagens de terror.

Nem vaticínios mirabolantes

Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec, sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas no rumo do Bem Eterno.

O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol.

Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental.

Sigamos, pois, à frente, destemerosos e otimistas, seguros no dever e leais à própria consciência, na certeza de que o nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo está empenhado em nossas mãos.

(Mensagem de Emmanuel no livro Religião dos Espíritos de Francisco Cândido Xavier)

 


Psicografia recebida em 10/12/2019

 

Mestre Jesus, amigos espirituais que permitiram esta minha comunicação, gratidão.

Queridos ouvintes, espero conseguir, através desta comunicação, tocar seus corações.

Sou sabedor que nesta época de final de ano todos sentem-se mais sensibilizados para consigo mesmo e também para com aqueles com quem tem a oportunidade de dividirem a caminhada.

Todos sentem-se interrogativos sobre o ano que se finda e sobre o próximo que virá. Creio que o mais importante é ter a gratidão pelo que se vivenciou, pois mesmo quando se entende que não foi positivo, existe o aprendizado. A vida vai, quando se dá a oportunidade, nos mostrando os caminhos corretos a seguir, mas para ter esta percepção é importante abrir os ouvidos do coração. Situação que nem sempre se permitem.

Reflexões são sempre importantes, olhar para o lado e aprender também com as experiências alheias, ajuda-nos a entender melhor nossa trajetória.

Sabemos que ninguém vem a este mundo a passeio e que o tempo de Deus é diferente do nosso, mas nos deixamos levar por conflitos que não tem este entendimento e com isso o que mais vivencia-se é o sofrimento.

Assim meus irmãos, entendam e aceitem profundamente estas questões e desta forma transformem suas caminhadas para terem maior leveza e com isso fazerem o amor fluir com mais facilidade, pois somente ele traz a verdadeira felicidade.

Que o amor do Mestre Jesus os envolva hoje e sempre.

José Carlos.



domingo, 1 de novembro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Novembro 2020

 Editorial


É o mesmo 

 “Pois o mesmo Pai vos ama.”  Jesus (João, 16:27) 

Ninguém despreze os valores da confiança. Servo algum fuja ao benefício da cooperação. Quem hoje pode dar algo de útil, precisará possivelmente amanhã de alguma colaboração essencial.

Todavia, por enriquecer-­se alguém de fraternidade e fé, não olvide a necessidade do desenvolvimento infinito no bem. Os obreiros sinceros do Evangelho devem operar contra o favoritismo pernicioso.

A lavoura divina não possui privilegiados. Em suas seções numerosas há trabalhadores mais devotados e mais fiéis; contudo, esses não devem ser categorizados à conta de fetiches e, sim, respeitados e imitados por símbolos de lealdade e serviço.

Criar ídolos humanos é pior que levantar estátuas destinadas à adoração. O mármore é impassível, mas o companheiro é nosso próximo de cuja condição ninguém deveria abusar. Pague cada homem o tributo de esforço próprio à vida.

O Supremo Senhor espera de nós apenas isto, a fim de converter-nos em colaboradores diretos.

O próprio Cristo afirmou que o mesmo Pai que o distingue ama igualmente a Humanidade.

O Deus que inspira o médico é o que ampara o doente. Não importa que asiáticos e europeus o designem sob nomes diferentes.

Invariavelmente é o mesmo Pai.

Conservemos, pois, a luz da consolação, a bênção do concurso fraterno, a confiança em nossos Maiores e a certeza na proteção deles; contudo, não olvidemos o dever natural de seguir para o Alto, utilizando os próprios pés.

(Reflexões de Emmanuel no livro Pão Nosso de Francisco Cândido Xavier)

 




Nossos irmãos

 

Cap. XII – Item 5

Um pensamento de simpatia e de Amor para os nossos irmãos que se recuperam!... Muitos são chamados criminosos, mas, na verdade, foram doentes. Sofriam desequilíbrios da alma, que se lhes encravavam no ser, quais moléstias ocultas.

Praticaram delitos, sim... Hoje, entretanto, procuram-te a companhia, sonhando renovação.

Amaram, ignorando que o afeto deve estar vinculado à harmonia da consciência, e amargaram terrível secura, em labirintos de sombra, a suspirarem agora pelo orvalho da luz.

Eram sovinas e sonegavam o pão à boca faminta dos semelhantes; contudo, pretendem contigo o reingresso na escola da caridade.

Acreditavam-se em regime de exceção, quando o orgulho lhes assoprava a mentira; no entanto, após resvalarem no erro, refugiam-se em tua fé, anelando refazimento.

Renderam-se às tentações e foram pilhados na armadilha do mal; todavia, presentemente, buscam-te os olhos e apertam-te as mãos, ansiando esquecer e recomeçar.

Não lhes fites o desacerto.

Alimenta-lhes a esperança.

Não te animarias a espancar a cabeça de quem estivesse a convalescer, depois da loucura, nem cortarias a pele em cicatrizes recentes. Enfermos graves da alma, todos nós fomos ontem!...

Rende, pois, graças a Deus, se já podes prestar auxílio, porque, se chegaste ao grau de restauração em que te encontras, é que, decerto, alguém caminhou pacientemente contigo, com bastante amor de servir e bastante coragem de suportar.

(Mensagem de Albino Teixeira no Livro O Espírito da Verdade de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)




 

Preparação Familiar

 

O problema familiar, por mais que nos despreocupemos dele, buscando fugir à responsabilidade direta, constituirá sempre uma das questões fundamentais da felicidade humana.

É um erro tremendo supor que a morte apaga as recordações, à maneira da esponja que absorve o vinagre, na limpeza do vaso culinário. Certamente, os laços menos dignos terminam na sombra do sepulcro, quando suportados valorosamente, e encarados como sacrifício purificador, na existência material.

Noventa per cento, talvez, dos matrimônios, infelizes pela ausência de afinidade espiritual, extinguem-se com a morte, que liberta naturalmente as vítimas dos grilhões e dos algozes.

O Evangelho de Jesus ensina entre os vivos que Deus não é Deus de mortos, e os que perderam a indumentária carnal, sentindo-se mais vivos que nunca, acrescentam que Deus não é Deus de condenados.

Que os Otelos da Terra se previnam, em suas relações com as Desdêmonas virtuosas do mundo, porque, além do cadáver, não poderão apunhalar as esposas livres da carne, e as mulheres ciumentas, desgrenhadas dentro da noite, a gritarem blasfêmias injuriosas contra os maridos inocentes, preparem-se para longo tempo de separação na esfera invisível, onde, na melhor das hipóteses, receberão serviços reeducativos, em seu próprio favor.

A morte seria um monstro terrível se consolidasse as algemas terrestres naqueles que toleraram heroicamente a tirania e o egoísmo de outrem. Além de seus muros de sombra, há castelos sublimes para os que amaram com alma e entesouraram, com o sentimento mais puro, o ideal e a esperança numa vida melhor, e há também precipícios escuros, por onde descem os revoltados, em desespero, por não poderem oprimir e martirizar, por mais tempo, os corações devotados e sensíveis, de que se rodeavam na Terra.

Feita a ressalva, alusiva aos princípios de afinidades que regem a sociedade espiritual, recordemos a missão educativa que o mundo confere ao coração dos pais, em nome de Deus. Constituiria ato casual da Natureza a reunião de duas criaturas, convertidas em pai e mãe de diversos seres? Mera eventualidade o erguimento de um berço enfeitado de flores? [...]

O instituto da família é cadinho sublime de purificação e o esquecimento dessa verdade custa-nos alto preço na vida espiritual. É lamentável nosso estado d’alma, quando voltamos à vida livre, de coração escravizado ao campo inferior do mundo, em virtude do olvido de nossas obrigações paternais. Em vão, tentaremos ensinar tardiamente as lições da realidade legítima; debalde nos abeiraremos dos corações amados, para recordar a eternidade da vida.

Semelhantes impulsos se verificam fora da ocasião desejável, porque a fantasia já solidificou a sua obra e a ilusão modificou a paisagem natural do caminho. Não valem mais o pranto e a lamentação. É indispensável aguardar o tempo da misericórdia, já que menosprezamos o tempo do serviço.

Precatem-se, pois, os pais e mães terrestres, para que não se percam, envenenando o coração dos filhos, à distância do dever e do trabalho. Aniquilem o egoísmo afetuoso que os cega, se não querem cavar o abismo futuro! [...]

Através do trabalho áspero e duro, de decepções e dificuldades, ensinam aos rebentos de seu lar que são irmãos dos batalhadores anônimos do mundo, dos humildes, dos calejados, construindo-lhes a ventura em bases sólidas e formando-lhes o coração na fé e no trabalho, antes que venham a perverter o cérebro com vaidades e fantasias!

 Esses, sim, podem abandonar a Terra, tranquilamente, quando a morte lhes cerrar as pálpebras cansadas...

Mas, infortunados serão todos os pais ricos de bagagens mundanas, que desfiguram a alma dos filhos, impondo-lhes mentirosa superioridade pelos artificialismos da instrução paga, carregando-lhes a mente de concepções prejudiciais, acerca do mundo e da vida, pelo exercício condenável de uma ternura falsa! Esses, esperem pelas contas escabrosas, porque, de fato, tentaram enganar a Deus, distanciando-lhe os filhos da verdade e da luz divina...

Depois da morte do corpo, sentirão a dor de se verem esquecidos no dia imediato ao dos funerais de seus despojos, acompanhando, em vão, como mendigos de amor, os filhos interessados na partilha dos bens, a revelarem atitudes cruéis de egoísmo e ambição! Com estas palavras de um amigo, finalizo minhas despretensiosas considerações sobre as responsabilidades domésticas, mas duvido que existam pais e filhos na carne com bastante sensatez para nelas acreditarem.

(Texto de Irmão X, no livro Luz no Lar de Francisco Cândido Xavier)

 



 

Mais um ano se inicia, rumores de conflitos eminentes rondam o nosso sossego, nos amedrontam e desequilibram a nossa paz. Sejamos fortes e esperançosos, não deixemos de acreditar no auxílio do alto, na misericórdia do Pai e na proteção do Mestre Jesus e seus trabalhadores. Lembremos de orar pelo bem coletivo e paz planetária. Nossos esforços são grandes em promover a concórdia, mas se faz necessário que cada um de vós tome para si a responsabilidade de vibrar em favor do planeta e sua humanidade.

Como se sabe, qualquer conflito, por mais longínquo que possa parecer, nos afeta a todos sem exceção.

Sejamos participantes ativos as paz e expansão do amor em nossa atmosfera.

Assim como tendes visto que os prejuízos das queimadas em outro meridiano está afetando nossas paisagens, nosso respirar, nosso sentir, porquê achar que um conflito não vos atinge.

Responsabilidade meus irmãos, com o nosso lar, que é este planeta, onde habitam irmãos de todos os tipos, preferencias, crenças, tendências, enfim, irmãos que precisam se ajustar, evoluir, aprender, ..., como nós, como vós, merecendo a misericórdia do Pai e a nossa, mutuamente.

Venham e acolham este convite que vos faço à reflexão, à prece e ao amor por nosso Lar Terra.

Oremos por ela como oramos por nossa família mais íntima no conforto de nossa casa.

Façamos a diferença dando o nosso melhor em favor da família universal e sejamos assim, centelhas de luz a clarear as trevas que teimam em continuar sobre nós. Sejamos a luz que clareia o caminho para que o amor penetre nos corações ainda endurecidos e teimosos.

Não temam pensando que não tem poder para mudar, basta a vontade, a fé e a ação.

E chegará o dia em que todos viveremos a paz que o Cristo nos trouxe: “Eu vos dou a paz, vos deixo a minha paz.”

Fiquem na paz e sejamos abençoados com o amor do Pai em  nossos corações.

(Psicografia recebida em 09/01/2020)




quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Outubro 2020

 

Editorial

 

Mãos Benditas

Escuta-nos, Senhor,

Na luz do Lar Celeste!

Desejamos, Jesus, agradecer-te

As mãos benditas que nos deste!

Aquelas mãos sublimes

Que nos entreteceram o berço

Entre as forças do mundo,

Que fizeram escolas,

Aquelas que tomaram nossos dedos,

Revestidas por ti de amor terno e profundo,

A fim de penetrarmos nos segredos

Das palavras e letras da instrução...

 

As que encontramos no caminho,

Quando a sombra da mágoa nos alcança,

E acendem para nós com simpatia

O facho da esperança.

Aquelas que nos trazem,

Ao sol do dia-a-dia,

Exemplos de trabalho.

As que cavam a terra,

Muita vez suportando espinhos agressores

E vibram de alegria

Ao vê-la transformar-se em celeiro de flores!

 

As que fazem o pão,

As que costuram vestes multiformes,

Cobertura e agasalho,

Aquelas que nos dão

A bênção da limpeza,

As que buscam nos dons da Natureza,

Quantas vezes, cansadas de lutar,

Os recursos da vida

Que nos erguem o lar...

 

As que socorrem os doentes,

As que se inclinam para os sofredores,

Em recintos de angústia, lares e hospitais,

Que afagam companheiros indigentes

Ou que protegem pobres pequeninos,

Revelando desvelos maternais!

(Maria Dolores no livro Diálogo dos Vivos de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires)

 


Deus em nós

Cap. XXV – Item 1

“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.”

 (Atos, 19: 11)

Quem pode delimitar a extensão das bênçãos que dimanam da Altura?

Por ser sempre de origem inferior, o mal é limitado como todas as manifestações devidas exclusivamente às criaturas; o bem, no entanto, possui caráter divino e, semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.

Antes de tudo, vigora a intenção sincera do espírito no ato que procura executar.

Assim, utiliza as próprias possibilidades a serviço da Vontade Divina, oferecendo o coração às realizações com Jesus, e o ilimitado surgir-te-á gradativamente nas faixas da experiência, sob a forma de esperança e consolação, júbilo e paz.

Por mais sombrios te pareçam aos ideais de hoje os dias do passado, não te entregues ao desânimo.

Ergue os sentimentos e conjuga as próprias ações ao novo roteiro entrevisto.

Após a purificação necessária, a água mais poluída da sarjeta se torna límpida e cristalina, como se jamais houvesse experimentado o convívio da impureza.

O presente é perene traço de união entre os resquícios do pretérito e uma vida futura melhor.

Plasma em ti mesmo as forças reconstrutivas de tuas novas resoluções, para que se exprimam em obras de aprimoramento e de amor.

Reconhecendo a nossa origem na Fonte de todas as perfeições, é natural que podemos e precisamos realizar em torno de nós as obras perfeitas a que estamos destinados por nossa própria natureza.

Eis o valor do registro dos Atos dos Apóstolos ao recordar-nos a magnitude das tarefas de Paulo, quando o iniciado de Damasco se dispôs a caminhar, auxiliando e aprendendo, no holocausto das próprias energias à exaltação do bem.

As mãos, tanto quanto o conjunto de instrumentos e possibilidades de que nos servimos na vida comum, esperam passivamente o ensejo de se aplicarem aos desígnios superiores, segundo as nossas deliberações pessoais.

Quando agimos no bem, sentimos a presença de Deus em nós.

Medita no emprego dos teus recursos no campo da fraternidade.

Desterra de teu caminho a barreira do desalento e prossegue confiante, vanguarda a fora.

O solo frutifica sempre quando ajudado pelo cultivador.

Usa, pois, o arado com que o Senhor te enriquece as mãos, trabalhando a leira que te cabe, com firmeza e esperança, na certeza de que a colheita farta coroar-te-á os esforços, cada vez mais, desde que permaneças apoiado no propósito seguro de corresponder ao programa de trabalho que o Pai te reserva, na oficina da luz, em busca da Alegria Inalterável.

(Reflexões de Emmanuel no livro O Espírito da Verdade de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

 


Amanhã

 

Reunião pública de 19-6-59

Questão no 166

 

Muitas vezes, por semana, repetimos a palavra «amanhã».

Costumamos dizer «amanhã» para o vizinho que nos pede cooperação e consolo.

Habitualmente relegamos para amanhã toda tarefa espinhosa.

Sempre que surge a dificuldade, pedindo maior esforço, apelamos para amanhã.

Sem dúvida, o «amanhã» constitui luminosa esperança, com a renovação do Sol no caminho, mas também representa o serviço que deixamos de realizar.

É da lei que a conta durma com o devedor, acordando com ele no dia seguinte.

No instituto da reencarnação, desse modo, transportamos conosco, seja onde for, as oportunidades do presente e os débitos do passado.

É assim que os ricos de hoje, enquistados na avareza e no egoísmo, voltarão amanhã no martírio obscuro dos pobres, para conhecerem, de perto, as garras do infortúnio e as duras lições da necessidade; e os pobres, envenenados de inveja e ódio, retornarão no conforto dos ricos, a fim de saberem quanto custam a tentação e a responsabilidade de possuir; titulados distintos do mundo, quais sejam os magistrados e os médicos quando menosprezam as concessões com que o Senhor lhes galardoa o campo da inteligência, delas fazendo instrumento de escárnio às lutas do próximo, ressurgirão no banco dos réus e no leito dos nosocômios, de modo a experimentarem os problemas e as angústias do povo. filhos indiferentes e ingratos tornarão como servos apagados e humildes no lar que enlameiam, e pais insensatos e desumanos regressarão no tronco doméstico, recolhendo nos descendentes os frutos amargos da criminalidade e do vício que cultivaram com as próprias mãos; mulheres enobrecidas que fogem ao ministério familiar, provocando o aborto delituoso pela fome de prazer, reaparecerão enfermas e estéreis, tanto quanto homens válidos e robustos, que envilecem a vida no abuso das forças respeitáveis da natureza, ressurgirão na ribalta do mundo, carregando no próprio corpo o desequilíbrio e a moléstia que adquiriram, invigilantes.

Não te esqueças, portanto, de que o bem é o crédito infalível no livro da eternidade, e recorda que o «depois» será sempre a resultante do «agora».

Todo dia é tempo de renovar o destino.

Todo instante é recurso de começar o melhor.

Não deixes, assim, para amanhã o bem que possas fazer.

Faze-o hoje.

(Mensagem de Emmanuel no livro Religião dos Espíritos de Francisco Cândido Xavier)

 



Psicografia 1

Eis-me aqui mais uma vez. Desta vez aqui venho para falar para meus pais João e Angélica que conforme já afirmei, a morte não existe, pois se existisse aqui não estaria dando meu testemunho a vocês.

Desde aquele acidente em que desencarnei muitas coisas aconteceram, passei para o lado da pátria espiritual que é realmente o nosso verdadeiro lar, porque o espírito não morre, estou vivo, mas mãezinha querida preciso que vocês se convençam e aceitem o meu desencarne, poia a maneira melhor de me ajudar é orando e não lamentando e se revoltando pela minha partida deste orbe em que estão. Não imaginam o quanto a oração de vocês me ajuda, e à vovó maria e ao vovô João, cada oração de vocês nos fazem avançar nesta escalada espiritual em que nos encontramos, mas a cada lamentação, revolta e agressão ao Pai Maior, nos faz estacionar e esperar que orem e aceitem a nova condição em q eu estamos. Muito temos progredido aqui, não imaginam quanto o progresso é necessário. Não só para nós, mas também para todos que também para aqui vieram e também para vocês que ainda aí permanecem, pois para todos é dado a oportunidade de progredir espiritual e moralmente, portanto aproveitem a reencarnação que lhes foi dada e procurem fazer jus a esta oportunidade que receberam, façam a caridade, ajudem ao próximo o máximo que puderem, pois é a única coisa que aqui trazemos quando desencarnamos.

Infelizmente somente agora estou entendendo a necessidade da reencarnação e do progresso moral e espiritual que necessitamos realizar quando encarnados.

Vovó e vovô mandam muitos beijos e abraços para vocês e pedem que sigam o que estou informando, pois é somente com o progresso moral e espiritual que poderemos um dia nos aproximar realmente da luz de nosso mestre Jesus. Muita paz e agradecimento a vocês por tudo que me proporcionaram e continuam proporcionando, só depende de vocês.

José Mário de Oliveira

 


Psicografia 2

Obrigado Pai

Obrigado pai pela oportunidade de permitir esta comunicação que, tenho certeza que, chegará aos entes queridos que deixei aí para que continuassem a missão a que se propuseram ao reencarne.

Yara minha esposa, sei que está sendo um pouco difícil para você continuar tocando esta vida sem a minha presença, mas acredite, estou junto de vocês em todos os momentos que me é permitido. Lá se foram 14 anos e mesmo assim ainda tenho minhas limitações, mas com esta oportunidade de agora que me foi dada, gostaria de dizer a você que a vida continua, tenha fé. Sei que é difícil cuidar de nossos filhos Ângelo, Manoel e Júlia, ainda mais nesta idade difícil em que se encontram, onde as facilidades do mundo apresentam-se para eles como a melhor maneira de levar a vida. Não esmoreça porque o Senhor está junto a vocês, não permitindo que façam algo que irá denegrir os ensinamentos que tanto você tem mostrado a eles. Creia sempre em nosso Pai Maior, que tenho a certeza, que nunca faltará nada a vocês.

Sei que poderia ter deixado vocês numa condição melhor de sobrevivência, mas creia-me que a única coisa que trazemos quando para cá retornamos é os bons atos que aí praticamos, portanto vivam com o pouco que tem e tenho certeza que Deus proverá o necessário, basta ter fé e praticar a caridade para com p próximo que muitas vezes só deseja de nós um sorriso, um bom dia ou um aperto de mão.

Tia Inesita manda lhe dizer que as poupas que você tem feito para os necessitados brilham muito aqui quando mandas para eles, continue com este trabalho magnânimo pelo próximo, pois isto é que está ajudando a trazer para vocês a paz, o amor e a felicidade que tanto necessitam em suas vidas.

Tenha um cuidado maior com o Manoel, pois é o que mais necessita de atenção, quanto a Júlia e Ângelo já são maduros e “cabeça feita” como se diz aí neste plano.

Bem querida, muita paz e um beijo carinhoso em seu coração, de seu eterno marido apaixonado

Pedro Paulo Assiz

 


terça-feira, 1 de setembro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Setembro 2020

 

Editorial

 

Deus sabe

Se percebes o teu mundo íntimo a se agitar açoitado peIas dificuldades e julgas que Deus se esquece de ti, estás enganado. Deus sabe do que mais precisas para te fortalecer.

Se descobres que as conquistas que tanto desejas no campo profissional ruem à beira de se tornar realidade e com isso imaginas que Deus te esqueceu, enganas-te novamente, pois Deus sabe da tua capacidade de administrar.

Se nas relações familiares sentes que o amor está abalado e que Deus não se importa com a dor que te consome o peito, fica a par de que Deus sabe o quanto necessitas aprender a valorizar o amor que talvez outrora desperdiçaste.

Se diante dos sonhos almejados, das forças despendidas para transformá-los em realidade, vês que os mesmos se desfazem deixando-te entregue ao abandono e ao desânimo e com isso nada te convence de que Deus toma conta de ti, cala um instante e reflete, porque Deus sabe a que riscos te exporias se eles se concretizassem.

Se acalentaste por longo tempo sonhos de amor que como castelos de areia se desfizeram ante o vendaval da desilusão, não desistas de amar.

Se, embora o teu empenho de qualificação, mesmo assim não consegues um posto que atenda às tuas aspirações, prossegue trabalhando com amor, pois não há salário mais justo do que a sensação do dever cumprido.

Contra todas as amarguras, prossegue construindo e ofertando o melhor que possas, pois o usufruto da obra é sempre do seu autor.

Procura estabelecer para ti as melhores sintonias a fim de que, mesmo em dias de sombra, possas contar com as intercessões dos espíritos benevolentes.

Se por todos os lados e em quaisquer circunstâncias muitas vezes te sentes colhido pela desilusão e tens assim a sensação de que Deus está distante, crê que Ele sabe o quanto necessitas e a que momento deverás ter anseios bem-sucedidos, porque, muito mais do que velar pelo que pedes, o Pai cuida do que realmente tens condição de gerir.

E, se diante da existência, as trevas te abaterem o ânimo, ergue a fronte ao céu e guarda contigo a certeza de que Deus é a luz que a todo instante faz sempre o melhor por ti.

(Mensagem de Maria do Rosário Del Pilar no livro A Conquista da Felicidade de Eulália Bueno)

 


 Purificação Íntima

“Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.” — (TIAGO  4:8)

Cada homem tem a vida exterior, conhecida e analisada pelos que o rodeiam, e a vida íntima da qual somente ele próprio poderá fornecer o testemunho.

O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as expressões exteriores guardam aí os seus fundamentos. Em regra geral, todos somos portadores de graves deficiências íntimas, necessitadas de retificação.

Mas o trabalho de purificar não é tão simples quanto parece. Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas, operar a adesão verbal a ideologias edificantes... Outra coisa, porém, é realizar a obra da elevação de si mesmo, valendo-se da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito de sacrifício.

apóstolo Tiago entendia perfeitamente a gravidade do assunto e aconselhava aos discípulos alimpassem as mãos, isto é, retificassem as atividades do plano exterior, renovassem suas ações ao olhar de todos, apelando para que se efetuasse, igualmente, a purificação do sentimento, no recinto sagrado da consciência, apenas conhecido pelo aprendiz, na soledade indevassável de seus pensamentos.

O companheiro valoroso do Cristo, contudo, não se esqueceu de afirmar que isso é trabalho para os de duplo ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão-somente à custa de palavras brilhantes.

(Mensagem de Emmanuel, no livro Caminho, Verdade e Vida de Francisco Cândido Xavier)

 


Psicografia


Oi, sou a Cláudia e gostaria de avisar a minha família que tudo não acaba no túmulo como muitas vezes nós falamos.

O lado de cá é muito bom, leve e bonito, com pessoas bondosas e gentis que cuidam de todos com carinho.

Eu, graças a Deus, fui bem recebida quando cheguei aqui, mas já me disseram que existem outros lugares não tão bons assim.

Eu trabalho ajudando as crianças, elas são muito sapecas, mas adoráveis e eu adoro estar com ela.

 Meu filho querido Felipe, sinto muito a sua falta e sei que você também sente a minha. Os seus pensamentos de amor e saudade chegam até aqui.

Ainda não encontrei seu pai, a situação dele ainda não permite esse encontro, mas Deus está cuidando dele e o momento um dia chegará.

Não posso me demorar mais. Deus lhe abençoe e proteja, da sua mãe que te ama,

Cláudia da Cruz Silva

(Recebida em 05/02/2020)

 

Psicografia

Meus amores,

É tão bom ter contato com o mundo dos vivos, nem que seja dessa forma.

Eu tenho muitas saudades de todos vocês, minha esposa Lena, meus filhos Gustavo, Arthur e Heitor, e minhas filhas Helena e Cláudia.

Nós éramos tão unidos quando todos eram crianças, mas com o crescimento houve o inevitável afastamento físico, porém não emocional e espiritual.

Eu sei que a minha partida repentina causou muita estranheza e dor em todos vocês; para mim, na realidade, foi melhor assim, apesar do susto, num instante estava do lado de cá. Eu dormi por um tempo para me refazer, quando acordei já havia se passado algum tempo e o sofrimento de vocês já estava mais amainado.

Hoje, depois desse tempo todo, eu já me recuperei. Eu estudo para saber como é essa nova realidade e também ajudo no hospital.

Só aqui, eu percebo quanta coisa eu não sei e nem nunca ouvi falar quando estava encarnado. A melhor coisa a fazes quando na Terra é procurar se informar direito o que acontece quando se morre, para não ser pego de surpresa. Isso é primordial, e a maioria não dá importância.

Meus filhos, Lena querida, eu acompanho à distancia o que ocorre com vocês. Eu rezo sempre ao Pai Maior para que Ele os abençoe e os inspire a serem melhores.

Vocês sempre estarão comigo, no meu coração.

Muito amor e muita paz nos seus corações.

Com carinho,

Agenor de Miranda Andrade.

P.S. Eu encontrei a vovó Nedina. Ela também manda lembranças e beijos a todos.

(Recebida em 05/02/2020)

 


 Conceito de Salvação

 “... Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” – Paulo. (II Coríntios, 6:2).

Salvar, em sinonímia correta, não é divinizar, projetar ao céu, conferir santidade a alguém através de magia sublimatória ou fornecer passaporte para a intimidade com Deus. Salvar, em legítima significação, é “livrar de ruína ou perigo”, “conservar”, “defender”, “abrigar” e nenhum desses termos exime a pessoa da responsabilidade de se conduzir e melhorar-se. Navio salvo de risco iminente não está exonerado da viagem, na qual enfrentará naturalmente perigos novos, e doente salvo da morte não se forra ao imperativo de continuar nas tarefas da existência, sobrepujando percalços e tentações. O Evangelho não deixa dúvidas quanto a isso. Pedro, salvo da indecisão, é impelido a sustentar-se em trabalho até a senectude das forças físicas. Paulo, salvo da crueldade, é constrangido a esforço máximo, na própria renovação, até o último sacrifício Se experimentas o coração chamado à verdade pela Doutrina Espírita, compreendamos que a salvação terá efetivamente chegado até nós. Não aquela que pretende investir-nos, ingenuamente, na posse de títulos angélicos, quando somos criaturas humanas, com necessidade de aprender, evoluir, acertar e retificar-nos, mas sim a salvação no verdadeiro sentido, isto é, como auxílio do Alto para que estejamos no conhecimento de nossas obrigações, diante da Lei, dispostos a esposá-las e a cumpri-las. Sobretudo, não nos detenhamos em frases choramingueiras, perdendo mais tempo sobre o tempo perdido. Reconheçamos com o apóstolo eu “o tempo sobremodo oportuno” para a salvação ou, melhor, para a corrigenda de nossos Eros e aproveitamento da nossa vida, chama-se agora.

(Mensagem de Emmanuel, no livro Palavras de Vida Eterna de Francisco Cândido Xavier)

 


sábado, 1 de agosto de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Agosto 2020

Editorial

Cooperemos fielmente

“Pois somos cooperadores de Deus.”  Paulo

(I Coríntios, 3:9) 

O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador d’Ele. Deus visita a criatura pela própria criatura.

Almas cerradas sobre si mesmas declarar-­se-­ão incapazes de serviços nobres; afirmar-­se-­ão empobrecidas ou incompetentes.

Há companheiros que atingem o disparate de se proclamarem tão pecadores e tão maus que se sentem inabilitados a qualquer espécie de concurso sadio na obra cristã, como se os devedores e os ignorantes não necessitassem trabalhar na própria melhoria.

As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão pode identificar a chamada para o serviço divino. Cultivemos o bem, eliminando o mal.

Façamos luz onde a treva domine. Conduzamos harmonia às zonas em discórdia. Ajudemos a ignorância com o esclarecimento fraterno.

Seja o amor ao próximo nossa base essencial em toda construção no caminho evolutivo. Até agora, temos sido pesados à economia da vida.

Filhos perdulários, ante o Orçamento Divino, temos despendido preciosas energias em numerosas existências, desviando-­as para o terreno escuro das retificações difíceis ou do cárcere expiatório.

Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por “acréscimo de misericórdia”, já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no desempenho de nossa tarefa humilde.

(Mensagem do Espírito Emmanuel no livro Fonte Viva de Francisco Cândido Xavier)

 

Amor Sempre

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Mateus, 22:39

O amor é a emoção máxima que o ser humano consegue sentir no atual estágio de evolução em que se encontra.

Ao reafirmar a regra áurea bíblica, o Cristo nos frouxe a certeza de que, por enquanto, nenhum outro sentimento se sobrepõe ao amor: O próximo mais próximo de nós é a personalidade interna e oculta em nosso íntimo, que nos exige atenção e isso não se constitui em Justificativa para nos isolarmos das pessoas com as quais estejamos em relação direta. O próximo com quem nos relacionamos externamente terá sempre primazia em relação ao "próximo" interno.

O como a ti mesmo significa a necessidade de nos amarmos como somos, a fim de podermos entender o amor ao próximo. Só verdadeiramente ama o próximo quem se conhece o suficiente para não realizar projeções enganosas.

Quem ama, ama as virtudes e os defeitos do outro, conseguindo transcender as exigências sociais, alcançando a alma. Amar é enxergar o Espírito. Sem as restrições e barreiras humanas. O defeito que porventura existente no outro não é empecilho para o sentimento.

Podemos tomar a afirmação acima num sentido psicológico estabelecendo que o amor a si mesmo predispõe a mente a permanecer num estado de consciência que permite a compreensão da totalidade à sua volta. Amar a si mesmo é entrar em contato com sua essência íntima, assumindo-se como ser no universo, responsável total e de forma consciente pelos próprios atos, sem transferir sai responsabilidade para terceiros. É a consciência de ser deus e ter Deus em si mesmo. [...]

Quem ama a si mesmo percebe suas próprias limitações evitando as atitudes enganosas motivadas pela vaidade e pelo orgulho. Compreende as situações providenciais e expiatórias que a vida coloca, agindo com naturalidade e predisposição de aprender. Não se coloca em teste na vida, pois nada tem a provar a ninguém, tendo consciência de si mesmo e de suas próprias limitações e potencialidades. [...]

O amor ao próximo não se resume ao sentimento de afeição e ternura que temos para com um companheiro ou companheira, para com um parente ou alguém especial em nossa vida. Ele extrapola os limites da consanguinidade e da sexualidade. O amor ao próximo é o amor indiferenciado, sem face nem rótulo, sem restrições, sem bandeiras e sem país. É aquele que se tem ao ser humano em sua humanidade e que possibilita a percepção da obra de Deus através dele mesmo.

Nossos pensamentos e sentimentos, bem como nossa visão de mundo, são determinantes poderosos para o nosso destino. O que sentimos, muito mais do que pensamos, interfere em nossas vidas. Nossos sentimentos são capazes de atingir nosso corpo pela vibração específica que possuem. [...] O sentimento de amor nos permite a manifestação das emoções evitando a transferência para o corpo físico. [...] Amar o próximo como a si mesmo é um preventivo às doenças do corpo e da alma. [...]

O Cristo nos ensina a buscar motivações dentro de nós a partir da vivência espiritual, do contato com a espiritualidade da vida. Essa motivação interna não está nas coisas nem crenças, mas no que já internalizamos como emoções e sentimentos superiores. Em resumo, é dizer: eu me motivo porque sei e porque sinto que o que faço de minha vida é bom para mim, para o próximo e para Deus. [...]

Amar o próximo como a si mesmo é permitir a manifestação de Deus em nós.

(Pauta de estudo do livro Psicologia e Evangelho de Adenàuer Novaes)

  

Meditação

Quando, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: "eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas."

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: "eu sou a luz, sob cujos raios te aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!"

Quando se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: "eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobre porte às adversidades do mundo!"

Quando inclementemente te açoitarem os vendavais da sorte e se já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: "eu sou o refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!..."

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: "eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis."

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por mim: "eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!"

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: "eu sou a sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à excelsitude de teus ideais!"

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!"

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim: "eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!"

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: "eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!"

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim: "eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!"

Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim: "eu sou a renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!"

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. "Chamo-me amor, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito! Eu sou Jesus!"

(Mensagem de Emmanuel no Livro Paz e Libertação de Francisco Cândido Xavier)

 

 Psicografia recebida em 12/02/2020

Minhas irmãs em Cristo

Me chamo Isaura, já faz algum tempo que deixei este mundo que agora vocês estão, também como vocês trabalhei na Senda do nosso Pai Maior, isto é, em uma casa espírita que é um ponto de luz, que só quando olhamos daqui é que percebemos a sua intensidade. Vocês não podem imaginar como uma casa de luz e amor torna-se um porto seguro para nós que já estamos neste plano em que me encontro agora, por isso peço encarecidamente que nunca deixem que esta luz, que é um farol reluzente, se apague, porque para nós é um ponto de referencia que nos oriente e permite que aí estejamos para nos ligar com o orbe que é a morada de vocês aí reencarnados. O lugar onde podemos receber de vocês a orientação, o acolhimento que tanto necessitamos para sentir que ainda somos acolhidos e orientados para seguir neste plano em que nos encontramos, é o nosso norte para seguirmos nesta nova senda que com tanto amor vocês preparam para nós.

Estou à procura de meus familiares, mas até agora ainda não consegui encontrar, por isso peço a vocês que avisem ao meu marido Joel e os filhos Bernardo e Joana que estou bem, que não precisam mais lamentarem e chorarem por minha partida, à nova pátria espiritual é que todos virão, onde nos encontraremos um dia. Avise por favor, que pratiquem sempre a caridade, o amor ao próximo e o progresso moral que são as únicas coisas que para cá trazemos, não discutam ou briguem por coisas materiais que é o que menos importa quando retornamos para a verdadeira pátria.

Bem, devi ir agora, não esqueçam de agradecer sempre ao Pai Maior e a Jesus pela reencarnação que lhes foi dada.

Abraços de uma irmã, ainda sem destino, Isaura.