segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ano I - Rio das Ostras - Edição Maio 2018

Editorial

Amor à vida

Amar a vida é sentir-se ligado ao divino, ao espiritual, ao transcendente. A vida é uma melodia de amor que ecoa por toda parte. Ame a vida, pois é nela que você existe. O amor de Deus não nos permite ausentar-nos dela. Não se tem mais de uma Vida. Ela é única e eterna. Valorize-a por você e por Deus.
Viver é uma arte. É uma construção estética do espírito. Viver em paz consigo mesmo é viver bem com o outro. Todos somos convidados a viver com o outro e, nesse convívio, aprendemos a viver bem conosco. O outro é sempre um espelho positivo onde enxergamos o negativo que existe dentro de nós mesmos. Se você acha que sua vida não tem sentido por não ter um amor, lembre-se de que o sentido dela é dado por você e só a você compete a escolha de ser feliz com o amor que lhe compete doar. Não se entregue ao passado como se ele fosse seu presente ou seu futuro. O amor é sua constituição e não se encontra presentificado no outro.
 Quando o amor comanda a vida, ela se faz plena de realizações nobres, não se deixando contaminar pelo pessimismo e derrotismo característicos daqueles que abandonaram o caminho do Bem. Há momentos sublimes na vida que marcam para sempre a pessoa. Tais momentos alcançam o ser humano nas vibrações do amor. Quando isso ocorre, há o enriquecimento daquele que o experimenta. Jamais esquecemos aquilo em que colocamos a energia do amor. A carga afetiva que adicionamos aos fatos da vida nos acompanhará para sempre na intensidade que determinarmos. A filosofia verdadeira é a do amor à vida. É a que estabelece como bandeira a realização do amor na Terra. O amor nasceu com a vida e, na Terra, ganhou maturidade com o Cristo. O amor provoca a revigoração da vida. É o alimento que a nutre. É o oxigênio da Criação. A vida é obra do amor e nele se estrutura. Gostar de viver é nutrir-se do amor para seu próprio crescimento.
A vida na Terra é um ato do amor de Deus. É uma oportunidade de refazer-se na longa caminhada pela perfeição. É poder sentir-se uno com a Criação Divina. Ao admirar a Natureza percebe-se o quanto ela é bela e grandiosa. Suas mínimas particularidades revelam a Grandeza de seu Autor. Nada foi esquecido ou desprezado. Tudo se encontra em desenvolvimento e evolução. Amar é abrir uma janela para a vida. É despertar do sono letárgico em que se vive. É sair do casulo das paixões inferiores e entregar-se ao divino. É perceber-se Um com Deus e com o outro. O amor é a essência do universo. Sua constituição íntima é o amor. No amor está a síntese da vida. Ela só tem sentido quando formos capazes de perceber o amor. Em tudo observamos a presença do amor. Ele se manifesta como energia mantenedora da vida. A vida dedicada ao amor é a vida plena. A vida entregue ao amor é a vida completa. Não se entregue a outra coisa na qual não possa perceber o amor pleno. Se sua vida foi dedicada ao amor, tenha certeza de ter cumprido sua tarefa na Terra. Quando outras vidas se juntam à nossa, é sinal de que o amor deverá estar presente como condição básica de ligação para o crescimento de todos. Ninguém está presente em sua vida por acaso. Cada pessoa é oportunidade de amar e crescer. O outro em nossa vida é a ligação com o que está oculto em nós. É fator de crescimento pessoal. Facilita o contato com nossa essência oculta, desconhecida e misteriosa. A vida, qualquer que seja o desafio em que nos encontremos, é abençoado presente de Deus cujo uso é de nossa responsabilidade.
Percebe-se se verdadeiramente amamos na vida quando a ela devolvemos tudo que nos deu e mais aquilo que de nós mesmos oferecemos. Quem ama explode em viver. Vive em alegria e alegra-se em existir. Transborda em compreensão, em afeto, em autopercepção e heteropercepção. Viver não significa ser conhecido ou ter notoriedade entre os homens. Muitos alcançam o estrelato sem terem crescido verdadeiramente. A verdadeira vitória é a que encetamos contra nossas más inclinações. É considerado vitorioso quem vence a si mesmo.
 Jesus deu sua vida em favor e por amor à Vida.
(Mensagem do Livro Amor Sempre de Adenàuer Novaes)





Onde nossos pensamentos têm nos conduzido?

“O pensamento ... é criador. Não atua somente em volta de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura”. Léon Denis

            A linguagem universal dos espíritos é o pensamento. E nós, espíritas, a partir de nossos estudos, sabemos que mais do que linguagem, ele também é fonte geradora do que somos, fazemos e sentimos. Mas, como afirma Léon Denis, se o pensamento é criador, nos questionamos: “o que estou fazendo com o meu”? Estou trabalhando na construção de ideias e gerando ações saudáveis e principalmente de acordo com as Leis Divinas?
            Temos conhecimento, através da literatura espírita, que, se no plano espiritual, construímos casas, cidades, vestimentas, plasmando o que queremos, também nos ligamos a grupos de espíritos que possuem a mesma faixa de sintonia que a nossa; tudo pelo pensamento…
           Tudo é reflexo do que pensamos, toda ação que realizamos gera consequências, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal. Mas aqui na nossa vivência diária, enquanto encarnados, como estamos agindo? E como está sendo esta influência a partir do que executamos com nossos pensamentos? Pensar correto não é tarefa fácil, ter disciplina mental requer esforço, perseverança, determinação. É um trabalho diário educarmos nossos sentimentos, pois são eles os condutores de nossas ideias.
            Comportamo-nos, muitas vezes, de forma invigilante, nos esquecendo das consequências de nossas ações, (que são reflexo do que pensamos) e agimos em completo automatismo. Por isso precisamos do estudo, do trabalho doutrinário, para que gradativamente nosso íntimo se povoe das vibrações positivas trazidas pela ação no Bem. Enquanto espíritas, temos ferramentas que nos fazem exercitar nossos bons sentimentos em detrimento daqueles que trazemos em nossa bagagem espiritual. Tudo o que construímos nesta reencarnação está diretamente ligado ao que conseguimos apreender com nossos esforços em domar más tendências e substituí-las por generosidade, bondade, benevolência, indulgência, perdão das ofensas. Se sabemos de tudo isto, uma vez mais podemos perguntar: como está a nossa prática? E na convivência com nossos irmãos de caminhada, como estamos lidando com cada um deles? Léon Denis diz que “... em todas as nossas relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso que nos lembremos constantemente disto: os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Isto nos remete à nossa igualdade de espíritos, pois estamos todos no mesmo barco, sem que sejamos melhores ou piores que nossos irmãos, mas com a responsabilidade de, com nosso esforço, influenciar de forma positiva, para o Bem, para o Belo”. “... por conseguinte, nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.” “... a todos devemos tolerância, benevolência e até perdão; porque, se nos causam prejuízo, se escarnecem de nós e nos ofendem, é quase sempre pela falta de compreensão e de saber, resultantes de desenvolvimento insuficiente”.
            Portanto, irmãos, fiquemos alerta e tenhamos cada vez mais a consciência de que os nossos pensamentos não só influenciam, mas também refletem, em nossas ações, nossa conduta que deve ser, cada vez mais, compatível com estes ensinamentos.
            A incomensurável Misericórdia Divina nos impulsiona a não estacionar, porque ainda não somos a pureza em pessoa. Temos, desta forma, em nosso Evangelho — nosso tratado de bem proceder — as orientações necessárias, quando, por exemplo, os espíritos nos falam da Indulgência e recomendam: “... sede indulgentes porque a indulgência seduz, acalma, corrige, enquanto que o rigor desanima, afasta e irrita.
(ESSE, cap. X, item 16 – Texto de Suely Sena Nascimento. Adaptado.)



Confiança Recíproca


Muitos companheiros na Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa.
Se o Senhor não te observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação; Se não te apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de pessoas; Se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de Amor; e não te reconhecesse o senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bom e do mal, para que abraces livremente o próprio caminho; se não te aceitasse o discernimento, não te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes.
Se o Senhor não confiasse em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo que cultivas, a moeda que dás.
"Não cai uma folha de árvore sem que o Pai o queira", ensinou-nos Jesus.
Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador. O crédito vem do pai supremo; a aplicação com as responsabilidades consequentes diz respeito a nós. Sempre que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão-somente na fé que depositas em Deus. Recorda que Deus, igualmente confia em ti.
(Mensagem de Emmanuel no Livro Coragem de Francisco Cândido Xavier)




Ave Maria
Maria que nos acolhe.
Maria que nos ampara e sustenta em seus braços amorosos. 
Maria que nos levanta e fortalece com seu amor de mãe.     
Bendita seja Mãe Santíssima que nos ama incondicionalmente.    
Dou-te graças por todos os irmãos que aqui estão e que estão recebendo a bênção do atendimento. Tantos necessitados que sob seu manto divino, estão tendo a oportunidade de seguir adiante.  
Esta humilde serva louva a ti, Mãe Santíssima, neste dia de júbilo.    
Maria, para sempre seja louvada. 
Amem.
(Psicografia recebida em 25/04/2019 pela médium Renata)