quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Ano III - Rio das Ostras - Edição Março 2019


Editorial

A caminho da eternidade

A partir do momento em que renasces, normalmente vais sendo envolvido pelos valores que o mundo te impõe, apagando lentamente o sentido real do motivo pelo qual iniciaste essa empreitada.
Não te recordas das inúmeras vezes que suplicaste a benção da nova oportunidade.
Tão pouco te lembras que nem fazias tanta questão de uma vida farta, porque tinhas imenso receio de que as facilidades pudessem desvirtuar os teus passos, afastando-te dos objetivos indispensáveis ao bom aproveitamento.
Os afazeres vão te absorvendo o tempo e raras vezes recordas de oferecer uma prece de gratidão ou dedicar alguns momentos a reabastecer a alma junto ao mundo espiritual, de onde verdadeiramente procedes.
Envolves-te profundamente na conquista dos requisitos que o mundo solicita, para atingires os patamares almejados, e deixas-te tomar por incomparável cansaço.
Em inúmeras oportunidades, a dor faz soar um alarme que insiste em te lembrar de Deus, mas estás demasiadamente ocupado para o fazeres.
Vais sentindo cansaço e solidão, mas julgas que tudo não passa do resultado da tua jornada imperiosa de trabalho e responsabilidade.
Tudo que sonhas e pelo que lutas está sempre relacionado a abastecer as tuas necessidades materiais ou adornar o teu físico.
Esqueces de que a alma também tem fome, só que de paz e amor, dois sentimentos que o mundo não pode oferecer através dos bens adquires, mas que devem ser conquistados na vivência do espírito momentaneamente abrigado na carne, no cultivo de virtudes indispensáveis.
Quando percebes, já se foram as energias provindas da juventude e os primeiros cabelos brancos denotam que adentras o período da reflexão.
Que bom seria se, nesse instante, te desprendesses dos valores passageiros e com a mesma garra com que lutaste até então pudesses adquirir valores morais e emocionais que te sustentassem os últimos passos na vida física.
Melhor ainda se no balanço efetivado, pudesses concluir que usufruíste, sim, de tudo o que o mundo pode te oferecer, sem, no entanto, te escravizares a nada, e que se for preciso deixa-lo agora, partirás feliz pelas etapas vencidas.
Nesse instante, finalmente entenderás que mesmo tendo os pés agrilhoados às pedras do caminho, teus olhos jamais se desprenderam da amplitude do céu, de onde procedes.
Assim fazendo, passarás pela terra vivendo a plenitude de um instante para atingires a benção de luz de toda eternidade.
(Mensagem de Maria do Rosário Del Pilar no livro A conquista da felicidade de Eulália
Bueno)




















CARTA PARA DEUS

"Obrigada por cada,
Cada andar, cada caminho,
Cada pessoa, cada ser.

Obrigada por cada,
Cada respiro, cada suspiro
Cada sorriso, cada riso.

Obrigada por cada
Cada experiência, cada aprendizado
Cada descoberta, cada sentimento.

Obrigada por cada,
Cada toque, cada abraço
Cada presença, cada força.

Obrigada por cada,
Obrigada por tudo."

Paolla Melo - 14 anos - 16/02/2019


A virtude

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho.
A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. São Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.
À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo
único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.
O vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que
desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir.
(ESSE Cap. XVII Sede Perfeitos – Ítem 8 – François Nicolas Madeleine - Paris, 1863.)


Todos temos direitos e deveres

Direitos todos temos, no pentagrama das nossas existências. Em confronto com o que existe à nossa retaguarda, somos privilegiados pelas conquistas que o tempo nos premiou na ascensão da vida. Porém, não podemos nos esquecer dos deveres a cumprir diante dos outros, que viajam conosco no mesmo comboio planetário. Compete a nós respeitar os que nos ajudam a viver, para que o próprio respeito nos garanta a tranquilidade. Temos competência de fazer o que desejarmos que seja feito. No entanto, podemos assumir com isso dívidas para com os nossos irmãos, se os nossos feitos não compartilharem com a harmonia da criação.
O nosso direito é ser honesto e o nosso dever é respeitar a vida que o semelhante leva, de modo que o tempo seja gasto somente na educação que nos compete adquirir. O nosso direito é a honra onde quer que andemos e o nosso dever é o encargo de trabalhar em silêncio nos moldes do exemplo, para ajudar quem ainda não percebeu os valores das virtudes espirituais. O nosso direito é nos interessar pelo auto aprimoramento e a nossa incumbência é trabalhar constantemente pela paz de todas as criaturas de Deus.
A condição nossa, de espírito que já despertou para a luz, é o imperativo sagrado de ajudar a quem quer que seja, sem exigências descabidas, que possam nos levar ao orgulho e à vaidade. Autoridade devemos ter, e é justo que a exercitemos nos domínios das nossas emoções inferiores, porque, aí, a nossa missão se engrandece diante de todas as criaturas que vivem conosco. Alistemo-nos no exército da salvação de nós mesmos, e entremos na lição. Vamos lutar! Essa é uma guerra e não podemos fugir dos objetivos a que nos propusemos. É uma conquista altamente valiosa, a conquista de nós mesmos. Estamos enfermos e tão enfermos, que somente a cirurgia pode nos aliviar, a cirurgia moral. O terapeuta, quando chega às portas da perfeição, trata somente dele mesmo, porque só ele se conhece bem, e sabe, depois de Deus, os meios corretos da cura completa. Só ele mesmo conhece os segredos da sua própria natureza e aplica os medicamentos correspondentes às suas necessidades.
Meu irmão, já analisaste todos os dias, se respeitas os direitos alheios, pelos pensamentos, palavras e ações? Se não, faze isso e começa a trabalhar dentro de ti mesmo.
Planta e cuida da terra, que o crescimento pertence ao Senhor, que nunca faltará com o Seu amor e a Sua bondade. A prerrogativa de todos os seres é viver bem consigo mesmo.
Entretanto, temos grandes atribuições para com o próximo, que não pode sofrer com custo para a nossa felicidade. Vigia a tua palavra, pois ela, sem a devida harmonia, incomoda quem te ouve e desinquieta quem te acompanha.
Somos responsáveis pelo que somos e fazemos. Recebemos de volta o que damos em todas as dimensões da vida. O comportamento da alma pode ser luz ou treva nos teus próprios caminhos. Em tudo o que fizeres, lembra-te desta palavra: Respeito, que os teus direitos serão resguardados pela lei, que nada esquece.
(Mensagem de Lancellin, no Livro Cirurgia Moral de João Nunes Maia)



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Ano III - Rio das ostras - Edição Fevereiro 2019

Editorial

Como Conhecer a Ti Mesmo

 O conhecimento é a base da própria vida. A sabedoria abre caminhos novos para que possamos sentir e mesmo desfrutar da felicidade. Não poderá existir civilização sem que a inteligência ocupe algum lugar na pauta dos confortos. Não pode existir progresso sem a intervenção da sabedoria. Entretanto, ela se divide em duas forças altamente dignas, com duas dinâmicas opostas: o conhecimento exterior e o autoconhecimento. A sapiência externa nos faz investir à procura de valores até certo ponto perecíveis, mas necessários ao nosso equilíbrio. Passamos por perigos inúmeros, sujeitos às investidas do orgulho em sintonia com o egoísmo e sob o domínio da vaidade. Entrementes, se vencermos essas condições na altura em que elas se nos apresentam, sairemos livres, para novos conhecimentos que, podemos crer, serão a maior verdade, que é o conhecimento de nós mesmos, é o estudo do universo interno, aprofundando-nos dentro dele como se fora o nosso próprio mundo. Este conhecimento se chama Sabedoria-Amor.
Há quem diga que o amor não é sabedoria. Está completamente enganado. Quem ama nas linhas ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo é um verdadeiro sábio. Ao conhecermos as nossas deficiências, abrimos portas de luz nas esferas da consciência, de sorte a nos enriquecermos, em todos os rumos, dos valores eternos, de talentos que Deus depositou em nossos corações, para a garantia de nós mesmos.
As religiões de todo o mundo e a filosofia que medra em toda a Terra têm a missão sagrada de indicar às criaturas os arcanos da sabedoria interna, que é a verdadeira senda de iluminação dos espíritos. Aquele que já conhece a si mesmo dispensa certos acessórios que pesam muito sobre os ombros e que exigem tempo precioso na sua conservação. O sábio interno nasce de novo, é um novo homem que surge de dentro do homem velho.
Todo movimento que se preocupa com as coisas externas das criaturas pode fazer muito em favor das almas em sofrimento, não resta dúvida. Entretanto, quando encontramos quem nos ajuda a trabalhar dentro de nós, a descobrir os nossos tesouros, esse é o caminho ensinado por Cristo, que nos liberta definitivamente. Quem conhece a si mesmo tem mais facilidade em conhecer as lições externas e as propriedades que lhe sustentam a vida.
A Doutrina dos Espíritos, na sua maravilhosa profundidade, desfralda a bandeira de luz no topo do mundo em que moramos, por misericórdia de Deus, com a inscrição já bem conhecida "DEUS, CRISTO E CARIDADE". Deus está no centro de todos nós, esperando, como Pai, os nossos apelos nascidos da vontade. Cristo pega em nossas mãos para nos mostrar os caminhos abertos pela caridade. O Céu está mais próximo de nós do que pensamos: reside dentro de nós. Basta abrirmos os olhos e buscá-lo. E, para tanto, devemos, como médicos de nós mesmos, executar as cirurgias indispensáveis em todas as áreas das nossas condutas, dominar os nossos impulsos inferiores e discipliná-los, transformando-os em instrumentos de trabalho e de paz, para que surja o amor no centro dos sentimentos e, junto a ele, a tranquilidade imperturbável em todos os caminhos que deveremos trilhar. Quem conhece a si mesmo, já não tem tempo de criticar ninguém.
(Mensagem do Espírito Lancelin, no livro Cirurgia Moral de João Nunes Maia)



A Arte de Interrogar

“Segundo a ideia falsíssima de que não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados.” Hahnemann. Paris, 1863. ESSE Cap. IX- item 10.

Não são poucos os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o esforço pessoal de melhoria parece insuficiente ou sem resultados. Entregaram-se às fileiras de amor ao próximo e à escola do conhecimento espiritual, mas continuam asilando impiedoso sentimento de frustração ao partirem para as lutas reeducativas, nos deveres de cada dia. Alegam que vigiam o pensamento e oram fervorosamente pedindo auxílio, no entanto dizem-se perseguidos por uma “força maior” que lhes distrai e domina-lhes os impulsos, que fazem o que não têm intenção de fazer, sendo levados a atitudes não desejadas ou escolhidas. Nasce então o conflito, seguido de sentimentos punitivos que passam a povoar o coração, quais sejam a tristeza e a angústia, a vergonha e o desânimo. Instala-se assim o desespero mudo e desgastante que assola inúmeros aprendizes do crescimento espiritual.
Estariam, porventura, exercendo inadequadamente sua reforma? Semelhante ciclo de frustração necessariamente faz parte do programa de transformação e crescimento?  Faltaria alguma postura para tornar o esforço mais produtivo? Essas são indagações que devem fazer parte das meditações de quantos anseiam pela promoção de si mesmos, seja nos grupos de nossa causa ou nas avaliações pessoais.
Sem recolhimento e introspecção educativa não teremos respostas claras e indispensáveis na elaboração do programa de autoconhecimento. Imprescindível efetuar perseverante investigação no que se chama de “força maior”.
Será uma compulsão? Um espírito? Um trauma? Uma má tendência? Um recalque? Uma fixação de “outras vidas”? Uma patologia física? Um impulso adquirido na infância? Uma lembrança da erraticidade? Um problema surgido na gestação maternal? Uma emersão das recordações das atividades noturnas? Uma influência passageira e intermitente ou uma obsessão progressiva? Uma contaminação fluídica por “nuvens de ideoplastia” dos pensamentos humanos? Qual a origem e natureza das forças que nos cercam?
Será muito simplismo a atitude de responsabilizar obsessores e reencarnações passadas como causa daquilo que sentimos, e que não conseguimos explicar com maior lucidez. Em alguns casos chega a ser mesmo um ato de invigilância.
Que variedade de opções soma-se nas viagens de evolução para explicar as lutas espirituais que hoje enfrentamos! Apesar disso, não guardamos dúvidas em afirmar que o labor iluminativo de todos nós tem um ponto comum: a urgente necessidade da educação de sentimentos.
(Mensagem do Espírito Ermance Defaux, no Livro Reforma Íntima Sem Martírio de Wanderley S. de Oliveira)



A Providência Divina

A Providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. É a suprema sabedoria com que o Criador conduz todas as coisas, é o cuidado constante, o zelo ininterrupto, é o farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que erram sobre o mar tempestuoso da vida. A Providência é, ainda, principalmente, o amor divino derramando-se a flux sobre suas criaturas.
Deus está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial. Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo? Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente.
Enchendo Deus o Universo, poder-se-ia admitir, a título de hipótese, que Ele não precisa transportar-se, por se formar em todas as partes onde a soberana vontade julga conveniente que ele se produza, donde o poder dizer-se que está em toda parte e em parte nenhuma.
A ação providencial de Deus pode ser percebida nas seguintes palavras de Emmanuel: Se acreditas que o hálito das entidades angélicas bafeja exclusivamente os cultivadores da virtude, medita na Providência Divina que honra o Sol, na grandeza do Espaço, mas induzindo-o a sustentar os seres que ainda jazem colados à crosta do Planeta, inclusive os últimos vermes que rastejam no chão. Contempla os quadros que te circundam, em todas as direções, e reconhecerás o Amor Infinito buscando suprimir, em silêncio, as situações deprimentes da natureza. Cachoeiras cobrem abismos. Fontes alimentam a terra seca. Astros clareiam o céu noturno. Flores valorizam espinheirais. No campo de pensamento em que estagias, surpreenderás esse mesmo Infinito Amor, procurando extinguir as condições inferiores da Humanidade. Pais transfigurados em gênios de ternura. Professores desfazendo as sombras da ignorância. Médicos a sanarem doenças. Almas generosas socorrendo a necessidade.
Entendemos, assim, que Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada, para a sua bondade, é destituído de valor. Devemos, entretanto, considerar que, a despeito da ação providencial de Deus para com todas as suas criaturas, estamos vinculados aos resultados do nosso livre-arbítrio. Dessa forma, todas as nossas ações estão submetidas às leis de Deus. Nenhuma há, por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação daquelas leis. Se sofremos as consequências dessa violação, só nos devemos queixar de nós mesmos, que desse modo nos fazemos os causadores da nossa felicidade, ou da nossa infelicidade futuras. Fica claro, portanto, que a Providência Divina se manifesta duplamente: sob a forma de misericórdia e de justiça, porque a compaixão, filha do Amor, desejará estender sempre o braço que salva, mas a justiça, filha da Lei, não prescinde da ação que retifica.
Haverá recursos da misericórdia para as situações mais deploráveis. Entretanto, a ordem legal do Universo cumprir-se-á, invariavelmente. Em virtude, pois, da realidade, é justo que cada filho de Deus assuma responsabilidades e tome resoluções por si mesmo 10. As provações da vida representam, assim, os cuidados de Deus para com todos os seus filhos, oferecendo-lhes benditas oportunidades de progresso espiritual, como nos esclarece o benfeitor Emmanuel: Em todas as provas que te assaltem os dias, considera a quota das bênçãos que te rodeiam, e, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te, em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.
(Pauta de reflexão do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Tomo I)