sábado, 1 de agosto de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Agosto 2020

Editorial

Cooperemos fielmente

“Pois somos cooperadores de Deus.”  Paulo

(I Coríntios, 3:9) 

O Pai é o Supremo Criador da Vida, mas o homem pode ser fiel cooperador d’Ele. Deus visita a criatura pela própria criatura.

Almas cerradas sobre si mesmas declarar-­se-­ão incapazes de serviços nobres; afirmar-­se-­ão empobrecidas ou incompetentes.

Há companheiros que atingem o disparate de se proclamarem tão pecadores e tão maus que se sentem inabilitados a qualquer espécie de concurso sadio na obra cristã, como se os devedores e os ignorantes não necessitassem trabalhar na própria melhoria.

As portas da colaboração com o divino amor, porém, permanecem constantemente abertas e qualquer homem de mediana razão pode identificar a chamada para o serviço divino. Cultivemos o bem, eliminando o mal.

Façamos luz onde a treva domine. Conduzamos harmonia às zonas em discórdia. Ajudemos a ignorância com o esclarecimento fraterno.

Seja o amor ao próximo nossa base essencial em toda construção no caminho evolutivo. Até agora, temos sido pesados à economia da vida.

Filhos perdulários, ante o Orçamento Divino, temos despendido preciosas energias em numerosas existências, desviando-­as para o terreno escuro das retificações difíceis ou do cárcere expiatório.

Ao que nos parece, portanto, segundo os conhecimentos que possuímos, por “acréscimo de misericórdia”, já é tempo de cooperarmos fielmente com Deus, no desempenho de nossa tarefa humilde.

(Mensagem do Espírito Emmanuel no livro Fonte Viva de Francisco Cândido Xavier)

 

Amor Sempre

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Mateus, 22:39

O amor é a emoção máxima que o ser humano consegue sentir no atual estágio de evolução em que se encontra.

Ao reafirmar a regra áurea bíblica, o Cristo nos frouxe a certeza de que, por enquanto, nenhum outro sentimento se sobrepõe ao amor: O próximo mais próximo de nós é a personalidade interna e oculta em nosso íntimo, que nos exige atenção e isso não se constitui em Justificativa para nos isolarmos das pessoas com as quais estejamos em relação direta. O próximo com quem nos relacionamos externamente terá sempre primazia em relação ao "próximo" interno.

O como a ti mesmo significa a necessidade de nos amarmos como somos, a fim de podermos entender o amor ao próximo. Só verdadeiramente ama o próximo quem se conhece o suficiente para não realizar projeções enganosas.

Quem ama, ama as virtudes e os defeitos do outro, conseguindo transcender as exigências sociais, alcançando a alma. Amar é enxergar o Espírito. Sem as restrições e barreiras humanas. O defeito que porventura existente no outro não é empecilho para o sentimento.

Podemos tomar a afirmação acima num sentido psicológico estabelecendo que o amor a si mesmo predispõe a mente a permanecer num estado de consciência que permite a compreensão da totalidade à sua volta. Amar a si mesmo é entrar em contato com sua essência íntima, assumindo-se como ser no universo, responsável total e de forma consciente pelos próprios atos, sem transferir sai responsabilidade para terceiros. É a consciência de ser deus e ter Deus em si mesmo. [...]

Quem ama a si mesmo percebe suas próprias limitações evitando as atitudes enganosas motivadas pela vaidade e pelo orgulho. Compreende as situações providenciais e expiatórias que a vida coloca, agindo com naturalidade e predisposição de aprender. Não se coloca em teste na vida, pois nada tem a provar a ninguém, tendo consciência de si mesmo e de suas próprias limitações e potencialidades. [...]

O amor ao próximo não se resume ao sentimento de afeição e ternura que temos para com um companheiro ou companheira, para com um parente ou alguém especial em nossa vida. Ele extrapola os limites da consanguinidade e da sexualidade. O amor ao próximo é o amor indiferenciado, sem face nem rótulo, sem restrições, sem bandeiras e sem país. É aquele que se tem ao ser humano em sua humanidade e que possibilita a percepção da obra de Deus através dele mesmo.

Nossos pensamentos e sentimentos, bem como nossa visão de mundo, são determinantes poderosos para o nosso destino. O que sentimos, muito mais do que pensamos, interfere em nossas vidas. Nossos sentimentos são capazes de atingir nosso corpo pela vibração específica que possuem. [...] O sentimento de amor nos permite a manifestação das emoções evitando a transferência para o corpo físico. [...] Amar o próximo como a si mesmo é um preventivo às doenças do corpo e da alma. [...]

O Cristo nos ensina a buscar motivações dentro de nós a partir da vivência espiritual, do contato com a espiritualidade da vida. Essa motivação interna não está nas coisas nem crenças, mas no que já internalizamos como emoções e sentimentos superiores. Em resumo, é dizer: eu me motivo porque sei e porque sinto que o que faço de minha vida é bom para mim, para o próximo e para Deus. [...]

Amar o próximo como a si mesmo é permitir a manifestação de Deus em nós.

(Pauta de estudo do livro Psicologia e Evangelho de Adenàuer Novaes)

  

Meditação

Quando, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: "eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas."

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: "eu sou a luz, sob cujos raios te aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!"

Quando se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: "eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobre porte às adversidades do mundo!"

Quando inclementemente te açoitarem os vendavais da sorte e se já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: "eu sou o refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!..."

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: "eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis."

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por mim: "eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!"

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: "eu sou a sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à excelsitude de teus ideais!"

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!"

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim: "eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!"

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: "eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!"

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim: "eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!"

Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim: "eu sou a renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!"

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. "Chamo-me amor, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito! Eu sou Jesus!"

(Mensagem de Emmanuel no Livro Paz e Libertação de Francisco Cândido Xavier)

 

 Psicografia recebida em 12/02/2020

Minhas irmãs em Cristo

Me chamo Isaura, já faz algum tempo que deixei este mundo que agora vocês estão, também como vocês trabalhei na Senda do nosso Pai Maior, isto é, em uma casa espírita que é um ponto de luz, que só quando olhamos daqui é que percebemos a sua intensidade. Vocês não podem imaginar como uma casa de luz e amor torna-se um porto seguro para nós que já estamos neste plano em que me encontro agora, por isso peço encarecidamente que nunca deixem que esta luz, que é um farol reluzente, se apague, porque para nós é um ponto de referencia que nos oriente e permite que aí estejamos para nos ligar com o orbe que é a morada de vocês aí reencarnados. O lugar onde podemos receber de vocês a orientação, o acolhimento que tanto necessitamos para sentir que ainda somos acolhidos e orientados para seguir neste plano em que nos encontramos, é o nosso norte para seguirmos nesta nova senda que com tanto amor vocês preparam para nós.

Estou à procura de meus familiares, mas até agora ainda não consegui encontrar, por isso peço a vocês que avisem ao meu marido Joel e os filhos Bernardo e Joana que estou bem, que não precisam mais lamentarem e chorarem por minha partida, à nova pátria espiritual é que todos virão, onde nos encontraremos um dia. Avise por favor, que pratiquem sempre a caridade, o amor ao próximo e o progresso moral que são as únicas coisas que para cá trazemos, não discutam ou briguem por coisas materiais que é o que menos importa quando retornamos para a verdadeira pátria.

Bem, devi ir agora, não esqueçam de agradecer sempre ao Pai Maior e a Jesus pela reencarnação que lhes foi dada.

Abraços de uma irmã, ainda sem destino, Isaura.