sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Ano I – Rio das Ostras – Edição Dezembro 2017

Editorial


Vivendo em plenitude

Se julgas que viver bem é usufruir de posses que impeçam a aflição da necessidade, ser profissionalmente bem-sucedido ou ainda ter a possibilidade de residir em condições diferenciadas de luxo e ambição, sem precisar conter nem gastos, nem os desejos às vezes insanos, não sabes realmente o que é viver.
Segues pela vida sem te dar conta de que és escravo constante de variados modismos e te impõe a obrigação de estar sempre à altura de supostos amigos que usufruem contigo esses bens que supostamente te ornam a existência.
No entanto, essas posses pertencem à cadeia econômica do planeta e não o deixarão contigo à hora de partir. Nesse momento mudarão de mãos, como tantas vezes já o fizeram até chegar às tuas, às quais não destróis e sacrificas, que choras e anseias. É por elas que esqueces a tua origem divina e a tua destinação final.
Percebe a tempo que és apenas mais um elo da infinita corrente por onde os bens transitarão sem pertencer a ninguém de forma definitiva.
Eles existem para serem usufruídos com equilíbrio, enquanto te pertencerem, sem açular do egoísmo e o orgulho que aprisionam as almas como pássaros em gaiolas douradas e, mesmo cheias de beleza, não lhes permitem o voo da liberdade.
Não condiciones a felicidade à opulência, pois muitos que nesta vivem são tristes e solitários e escondem atrás de joias e rostos maquiados o sofrimento de uma alma atônita e aflita, sem eira nem beira, distante de Deus.
Se não fazes parte do círculo dos agraciados com a fortuna, não os invejes e nem tão pouco os ignores, pois às vezes tens muito mais a lhes oferecer do que todo o dinheiro que eles detêm poderia te dar. Eles não conseguem comprar a fé, nem a resignação, nem o amor.
Mostra-lhes que embora o corpo solicite eventuais adereços, a alma necessita seguir liberta dos grilhões que insistem em aprisioná-la a uma existência unicamente material.
Se vives a prova da riqueza, não esqueças dos que nada tem. Aprende a repartir e assim multiplicar os benefícios aos menos afortunados.
Somente assim adquirirás bens de valor inestimável que permitirão que deixes um dia a Terra sem te sentires deserdado ou solitário, porque soubeste viver em plenitude a vida que foi lhe concedida.
Não desprezes os que seguem contigo, nas figuras de familiares ou amigos próximos, pois eles são as oportunidades que tens de melhorar no quesito desprendimento, fazendo surgir novos valores que te passam despercebidos.
No próprio corpo encontrarás mil novos motivos para agradecer o que nenhum poder aquisitivo poderá comprar, como a perfeição do cérebro a experimentar cada detalhe da existência, regendo a orquestra da vida, célula a célula, sem que percebas ou possas interferir, apesar do suposto poder que te conferes.
Agradece a Deus a vida e vive-a na plenitude do amor, pois esse é o maior bem que qualquer alma poderá conquistar.
(Mensagem de Maria do Rosário Del Pilar, do Livro A conquista da felicidade – Eulália Bueno)






No dia 24 de novembro p.p., a Casa Espírita Suave Caminho realizou uma homenagem a nossa irmã Marilena da Silva Martins, que no próximo dia 11 de dezembro viaja para sua nova morada: Portugal.
     Desejamos que o Nosso Pai Maior e nosso amado Mestre Jesus a proteja, que lhe dê saúde, fé, sabedoria, perseverança, prosperidade, confiança e muito sucesso na sua nova jornada!

     Nossa querida irmã e amiga Marilena plantou sementes de amizades sinceras e hoje colhe os frutos doces de ter amigos verdadeiros...      Todos sentiremos saudades, e não vai ser pouca não, pois a amamos demais.
     Boa viagem Marilena!
     Tendo certeza de que será um até breve!



 O homem de bem

De acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita, o [...] Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual. Quando encarnado, o Espírito, nessas condições morais, constitui-se no protótipo do homem de bem.
Pode dizer-se que o [...] verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Têm fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma, retribui o mal com bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é pensar nos outros, antes de pensar em si, é cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. É todo aquele que vivencia o sentimento de caridade em todos os atos da sua existência.
Ainda, nesse contexto, é oportuno ressaltar que as qualidades do homem de bem são as que todo espírita sincero deve buscar para si mesmo. Isso porque o [...] Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam. Por isso, afirma Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
(Pauta do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita)



Ante o natal

Considerando a alta significação do Natal em tua vida, podes ouvir e atender os apelos dos pequeninos esquecidos no grabato da orfandade ou relegados às palhas da miséria, em memória de Jesus quando menino; consegues compreender as dificuldades dos que caminham pela via da amargura, experimentando opróbrio e humilhação e dás-lhes a mão em gesto de solidariedade humana, recordando Jesus nos constantes testemunhos; abres os braços em socorro aos enfermos, estendendo-lhes o medicamento salutar, desejando diminuir a intensidade da dor, evocando Jesus entre os doentes que O buscavam, infelizes; ofereces entendimento aos que malograram moralmente e se escondem nos recantos do desprezo social, procurando-os para os levantar, reverenciando Jesus que jamais se furtou à misericórdia para os que os foram colhidos nas malhas da criminalidade, muitas vezes sob o jugo de obsessões cruéis; preparas a mesa, decoras o lar, inundas a família de alegrias e cercas os amigos de mimos e carinho pensando em Jesus, o Excelente Amigo de todos...
Tudo isto é Natal sem dúvida, como mensagem festiva que derrama bênçãos de consolo e amparo, espalhando na Terra as promessas de um Mundo Melhor, nos padrões estabelecidos por Jesus através das linhas mestras do amor.
Há, todavia, muitos outros corações junto aos quais deverias celebrar o Natal, firmando novos propósitos em homenagem a Jesus.
Companheiros que te dilaceraram a honra e se afastaram; amigos que se voltaram contra a tua afeição e se fizeram adversários; conhecidos caprichosos que exigiram alto tributo de amizade e avinagraram tuas alegrias; irmãos na fé que mudaram o conceito a teu respeito e atiraram espinhos por onde segues; colaboradores do teu ideal, que sem motivo se levantaram contra teu devotamento, criando dissensão e rebeldia ao teu lado; inimigos de ontem que se demoram inimigos hoje; difamadores que sempre constituíram dura provação. Todos eles são oportunidade para a celebração do Natal pelo teu sentimento cristão e espírita.
Esquece os males que te fizeram e pede-lhes te perdoem as dificuldades que certamente também lhes impuseste.
Dirige-lhes um cartão colorido para esmaecer o negrume da aversão que os manteve em silêncio e à distância nos quais, talvez, inconscientemente te comprazes.
Provavelmente alguns até gostariam de reatar liames... Dá-lhes esta oportunidade por amor a Jesus, que a todo instante, embora conhecendo os inimigos os amou sem cansaço, oferecendo-lhes ensejos de recuperação.
O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.
Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos custosos e aparência cuidada.
Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se consumir pela cólera que as vence implacavelmente.
Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem compreenda ou ame, entenda ou perdoe.
Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.
Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem executar.
Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral, distribui, também, as joias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.
Sentirás que Jesus, escolhendo um humílimo refúgio para viver entre os homens semeando alegrias incomparáveis, nasce, agora, no teu coração como a informar-te que todo dia é natal para quem o ama e deseja transformar-se em carta-viva para anunciá-lo às criaturas desatentas e sofredoras do mundo.
Somente assim ouvirás no imo d’alma e entenderás a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:
 “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade, para com os homens” — vivendo um perene natal de bênçãos por amor a Jesus.
(Mensagem de Joana De Angelis no Livro Espírito e Vida de Divaldo Franco)

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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Ano I - Rio das Ostras - Edição Novembro 2017


Prezados irmãos de caminhada,

O Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEERJ – após encontros e seminários desenvolvidos em todo Estado, e pela sua função de órgão federativo, tem a tarefa de emitir diretrizes, discutir propostas, receber e divulgar subsídios voltados para o bom desenvolvimento das atividades nas Casas Espíritas.
As informações que compõem a Coleção Diretrizes Doutrinárias do CEERJ, fazem parte das recomendações da Federação Espírita Brasileira, através das reuniões no Conselho Federativo Nacional e da Comissão Regional Sul, fundamentadas nas obras básicas da Doutrina Espírita e dos bons espíritos que nos tem brindado com informações preciosas.
O Conselho Estadual Espírita de Unificação do Movimento Espírita do Estado do Rio de Janeiro – CEEU - só reconhece como legítimos Centros Espíritas as Instituições que vivenciam a Doutrina Espírita tal como está claramente definido nas Diretrizes Doutrinárias, aprovadas em reunião de 30 de maio de 2004.
Desta forma, a Casa Espírita Suave Caminho está procurando adequar-se à estas Diretrizes, visando a uniformidade no funcionamento de suas diversas atividades, distribuídas em seus sete departamentos. Para isso, contamos com a participação de todos os tarefeiros e voluntários que doam seu tempo e amor, na concretização dos objetivos da CESC.
Teremos em nossa casa espírita, no dia 25 deste mês, uma reunião onde esperamos contar com a presença de todos os seus tarefeiros, tomando ciência das propostas que serão apresentadas pelos representantes do CEERJ e pela diretoria da casa.
Para aqueles que tenham interesse em conhecer, antecipadamente, o que ditam as Diretrizes Doutrinárias do CEERJ, segue abaixo alguns dos links para consulta prévia, bem como os links do nosso Regimento Interno e Estatuto da Casa Espírita Suave Caminho.







RENOVAÇÃO 
As revelações dos Espíritos convidam naturalmente a ideais mais elevados, a propósitos mais edificantes.
Para as inteligências realmente dispostas à renunciação da animalidade, são elas sublime incentivo à renovação interior, modificando a estrutura fluídica do ambiente mental que lhes é próprio. 
Se a civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas surjam sobre o solo e para que estradas se rasguem soberanas, é indispensável a eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que devotam ao apostolado do progresso. 
A Humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a floresta escura, povoada de monstruosidades. 
Se nos fundamentos evolutivos da organização planetária encontramos os animais pré-históricos, oferecendo a predominância do peso e da ferocidade sobre quaisquer outros característicos, nos alicerces da civilização do espírito ainda perseveram os grandes monstros do pensamento, constituídos por energias fluídicas, emanadas dos centros de inteligência que lhes oferecem origem. 
Temos, assim, dominando ainda a formação sentimental do mundo, os mamutes da ignorância, os megatérios da usura, os iguanodontes da vaidade ou os dinossauros da vingança, da barbárie, da inveja ou da ira. 
As energias mentais dos habitantes da Terra tecem o envoltório que os retém à superfície do Globo. Raros são aqueles cuja mente vara o teto sombrio com os raios de luz dos sentimentos sublimados que lhes fulguram no templo íntimo. 
O pensamento é o gerador dos infracorpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. E a moradia dos homens ainda está mergulhada em fluidos ou em pensamentos vivos e semicondensados de estreiteza espiritual, brutalidade, angústia, incompreensão, rudeza, preguiça, má vontade, egoísmo, injustiça, crueldade, separação, discórdia, indiferença, ódio, sombra e miséria... 
Com a demonstração da sobrevivência da alma, porém, a consciência humana adquire domínio sobre as trevas do instinto, controlando a corrente dos desejos e dos impulsos, soerguendo as aspirações da criatura para níveis mais altos. 
Os corações despertados para a verdade começam a entender as linhas eternas da justiça e do bem. A voz do Cristo é ouvida sob nova expressão na mais profunda acústica da alma.
Quem acorda converte-se num ponto de luz no serro denso da Humanidade, passando a produzir fluidos ou forças de regeneração e redenção, iluminando o plano mental da Terra para a conquista da vida cósmica no grande futuro. 
Em verdade, pois, nobre é a missão do Espiritismo, descortinando a grandeza da universalidade divina à acanhada visão terrestre; no entanto, muito maior é muito mais sublime é a missão do nosso ideal santificante com Jesus para o engrandecimento da própria Terra, a fim de que o Planeta se divinize para o Reino do Amor Universal.
(Mensagem de Emmanuel, do Livro Roteiro de Francisco Candido Xavier)



Inimizade entre irmãos

As brigas entre irmãos são naturais. Afinal, luta-se por espaço, pelo domínio do ambiente e do controle das situações, resquícios da experiência animal presente no ser humano. Há limites para os pais permitirem que a situação perdure. O trabalho de conciliação deve ser constante, principalmente durante a infância e a adolescência. Na maioria dos casos são inimigos de tempos remotos que reencarnam como irmãos consanguíneos a fim de que juntos aprendam a lei de Amor.
Em geral o orgulho e a rigidez mental impedem que se reconciliem. Só a educação e o contato familiar poderão alterar a situação. Os pais devem estar atentos para promover o necessário respeito de um pelo outro para que a contenda não perdure por mais outra encarnação. Deve-se evitar deixar de dar razão a qualquer um deles quando a situação assim se justificar, pois, sob pretexto de ficar neutro pode-se ser injusto. Mesmo sendo dada a razão a quem a tenha, deve-se, posteriormente, conversar com quem ocupou aquele lugar sobre a necessidade de evitar a contenda, tendo em vista que o outro irá nutrir o natural sentimento de vingança.
Àquele que não tinha razão, deve-se expor o motivo pelo qual ele se equivocou e como poderá proceder quando algo semelhante ocorrer. É imprescindível que sempre haja o diálogo de mediação para que os direitos sejam respeitados.
É também importante lembrar que, quando a causa geradora da inimizade vem de vidas passadas, no inconsciente de cada um deles estará a contenda anterior, a qual, naquele que se sentiu injustiçado, gerará a postura de quem deseja alguma desforra ou compensação. Isso poderá ser observado quando a razão costuma estar, muitas vezes, do lado de um deles, o qual, via de regra, não foi o injustiçado do passado.
[...]Briga-se por causa de objetos insignificantes, por sentimentos não resolvidos, por palavras mal colocadas, por agressões voluntárias ou não, pela disputa de poder, dentre outros. Em todos os casos alguém não tem razão ou ambos. Quando um dos dois tem razão, o outro, se quiser, pode mudar a situação renunciando ao seu direito de conquistar seu opositor. Nem sempre a renúncia é possível, visto que, às vezes, os bens e valores envolvidos são muito caros a ambos. Quando a renúncia está presente, ambos ganham.
[...] É importante que os pais fiquem atentos a fim de passar aos filhos a existência de uma justiça maior que a todos vê e age com amorosidade no momento adequado. Devem os pais ensinar a lisura nas relações e a honestidade em tudo que se faça, pois a ausência delas costuma provocar o ressurgimento de velhas desavenças que já poderiam ter sido eliminadas.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
[...] A paz interior é fundamental para sermos pacificadores e para evitarmos as contendas que porventura venhamos a ter com alguém. Nenhum de nós sabe exatamente sobre o seu passado para afirmar categoricamente que não tenha tido inimigos. Eles costumam aparecer na encarnação quando menos esperamos, portanto devemos estar preparados com a paz a fim de quebrarmos o padrão repetitivo de litígio. É típico das inimizades entre irmãos a disputa de poder pela atenção das pessoas, pelos sentimentos de alguém ou pelos bens materiais. Em qualquer dos casos é imprescindível educar o espírito para a renúncia e o desapego. Isso se consegue toda vez que se doa amor àquele que reivindica o que não lhe é devido.
(Do Livro Evangelho e Família de Adenáuer Novaes)


sábado, 30 de setembro de 2017

Ano I – Rio das Ostras – Edição Outubro 2017

Editorial

Quando Compreenderes

Quando compreenderes que deves a ti mesmo a conquista da paz, nada mais te deterá os passos na senda do bem. Quando compreenderes que és o artífice de tua felicidade, nada mais conseguirá impedir-te de trabalhar por ela. Quando compreenderes que a tua alegria depende exclusivamente de ti, nada mais te induzirá ao desalento. Quando compreenderes que a tua vida é o resultado de tuas atitudes, nada mais te desviará do cumprimento do dever. Quando compreenderes, enfim, que a colheita de hoje corresponde exatamente à semeadura de ontem, nada mais lamentarás a não ser a tua própria falta de discernimento no instante de escolher a semente que, deliberadamente, lançastes ao solo da vida.

(André Luiz, do livro Páginas de fé, de Francisco Candido Xavier)


Afinidade
  
O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
 Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
 Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
 O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.
Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.
A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
 Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.  
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam.  
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.
Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.  
Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.  
Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.
Demoramo-nos com que se afina conosco.
 Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
 Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
 Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
 Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
 Trabalhar incessantemente é dever.
 Servir é elevar-se.
 Aprender é conquistar novos horizontes.
 Amar é engrandecer-se.
 Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.


A família e a opção religiosa

As religiões devem unir pessoas. Quando ela estiver entre dois seres humanos, separando-os, deve dar lugar ao respeito de parte a parte e ao amor incondicional.
Quem ama deve libertar-se da exigência em querer fazer do outro uma cópia de si mesmo.
As religiões são criações humanas sob inspiração divina. A parte humana ainda contém a sombra coletiva do mal e a parte divina nos insere na dimensão do amor universal.
Quando a família se encontra unida na mesma opção e ação religiosas, Deus é cultuado no coração de cada um de seus membros.[...]
Os pais não devem transferir a responsabilidade quanto à educação religiosa para a escola, para o templo ou para os grupos sociais de que seus filhos fazem parte, salvo em assuntos cujos valores básicos já estejam sendo ou tenham sido assimilados por eles. Aqueles que se decidiram por constituir uma família devem entender que há desafios nesta que não podem ser transferidos para a sociedade. Compete aos pais proporcionar os meios adequados para que seus filhos encontrem condições de viver em sociedade a partir de valores morais elevados. [...]
Os pais devem compreender que a melhor forma de educar seus filhos é através do exemplo, do carinho e do amor que lhes dediquem. A religião que eles pretendam passar para seus filhos deve conter esses princípios em sua prática.
A religião pessoal não está escrita em nenhum lugar do mundo. Ela deverá ser colocada no coração e na prática diária do ser humano. Não deve conter códigos rígidos nem princípios que não possam conter a humildade e o amor ao próximo.
[...]Psicologicamente ela deve servir como âncora na qual se possa garantir a vida. Essa âncora será o último recurso quando o espírito se encontre em seu limite máximo de sofrimento. Porém, ela também funcionará nos momentos de alegria e de felicidade.
Hoje a religião deve libertar sem culpar; deve ensinar sem impor; deve educar com amor, visando a felicidade do Espírito.
(Do livro Evangelho e Família de Adenáuer Novaes)




Psicografia recebida em 20/09/2017 pela médium Fernanda

O amor, tão difundido por Jesus é o maior remédio para todas as dores desta humanidade.
O amor, restaura as forças que durante a reencarnação vão se exaurindo. Só ele pode permanecer dentro de nós.
O amor nos renova a paz interior, nos refaz a saúde física e mental.
O amor nos aproxima da espiritualidade benfazeja e nos leva à razão do bem e do mal, sempre nos mostrando a verdade.
O amor é o princípio e o fim de tudo, foi assim que Deus desejou e nós, seus filhos, devemos entender as suas leis, e aprendermos a amar o próximo e a nós mesmos, para que tenhamos em nosso livre arbítrio soluções adequadas a nossa jornada.
Amigos, o amor é recomendado em todas as situações aonde haja dor ou alegria. Vamos conjugar esse verbo em todos os tempos e poderemos realmente entender o amor que Jesus quis que aprendêssemos.
Vamos amar, para que as luzes do infinito abençoado por Deus nos abracem.
Um irmão da Casa.







sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Ano I – Rio das Ostras – Edição Setembro 2017

Editorial

 A sombra nos olhos físicos pode ser angustiosa provação, mas, a cegueira real é aquela que envolve o coração e a mente, na noite da rebeldia ou da ignorância. 
 É por isso que encontramos, no mundo, cegos de todos os matizes ... 
 Cegos cristalizados na usura, que nada enxergam, além do pobre tesouro amoedado, em que mergulham as mãos ávidas. 
 Cegos detidos no egoísmo destruidor, que nada vêm senão os caprichos em que se movimentam. 
 Cegos encarcerados no orgulho, supondo-se as únicas criaturas louváveis do Universo. 
 Cegos algemados à viciação, em que apagam a luz da própria consciência. 
 Cegos agrilhoados à preguiça, que somente enxergam as suas conveniências individuais, invariavelmente dispostos a vampirizar os semelhantes, à custa de queixas e lamentações. 
 Cegos atados à tristeza nociva, que menosprezam a graça do sol e as riquezas da vida, sustentando-se na imobilidade espiritual da revolta ou do desespero, olvidando que a vida é trabalho e renovação. 
 Cegos confiados ao abismo da descrença, que nada observam senão os espinhos de sarcasmo e negação, que lhes vicejam no íntimo ... 
 Para todos esses cegos que cruzam diariamente nossos passos elevemos ao Alto as nossas preces de auxílio, rogando ao Senhor nos mantenha acordados para as próprias responsabilidades, com a suficiente visão para o desempenho dos nossos deveres, ainda que esse despertamento nos visite, a cada hora, pela bênção edificante da dificuldade ou da dor.   

(Mensagem de Emannuel do livro Construção Do Amor, de   Francisco C. Xavier)


Ao teu alcance
  
Seja qual for o problema que te perturbe, procure manter a serenidade. Ninguém age com acerto se não aprende a pacificar as próprias emoções.
Não te precipites nas decisões que devas tomar. Reflete que a Natureza prossegue, imperturbável, cumprindo os ciclos que lhe assinalam a trajetória. Contempla à noite o Céu recamado de estrelas e, silenciando os conflitos do teu mundo interior, sintoniza com a mensagem de paz que te alcança de todas as direções.
Nada pode empanar o brilho da Verdade, assim como nada consegue deter a marcha natural dos acontecimentos. Viver é um aprendizado constante.
Unge-te de humildade para que o personalismo não te faça crer infalível, mas revista-te de coragem para que o desalento não te iniba a capacidade criadora. Auxilia sempre, porquanto o bem é a melhor terapia do espírito.
Alija do coração qualquer sentimento de mágoa e nada faças que te ocasione remorso. Não permitas que a trama sutil da descrença te induza ao desequilíbrio, arremessando-te à vala do infortúnio.
A maior conquista do homem sobre a Terra é a de sua iluminação espiritual. Trazes o universo contigo e por isso mesmo, onde estiveres a felicidade estará ao seu alcance.

Não julgues a ninguém, esforçando-te por compreender mesmo àqueles que te façam sofrer. Lembra-te de que o Amor pode tudo em todos e nunca deixes de amar o próximo como a ti mesmo.
(Mensagem de Pastorino, do Livro Páginas de Fé, psicografado por Chico Xavier e Carlos A. Bacelli)



Leis e Justiça Divinas

Léon Denis, nos livros Depois da Morte e O problema do ser, do destino e da dor, corroborou os princípios da Lei e Justiça Divina, alertando-nos sobre a responsabilidade de cada espírito.
Devemos desenvolver o senso moral e dilatar a nossa reponsabilidade diante da vida; estar conscientes de que, depois de cada existência terrena, a alma ceifa e recolhe, em seu corpo fluídico, o resultado das experiências e dos progressos, os frutos da existência decorrida. Por isso, deve agir de forma justa para colher a felicidade com o que semeou.
Léon Denis esclareceu ainda que cada pensamento, vontade e ação da alma repercute em seu invólucro fluídico (perispírito), colhendo assim, exatamente, o que semeou.
O perispírito, por sua natureza etérea, vai se tornando, com a prática do bem, sutil, radiante, aberto às mais altas percepções e às sensações mais elevadas da vida do Espaço. Assim ele se torna, cada vez mais, capaz de vibrar harmonicamente com os Espíritos elevados e de participar das alegrias e impressões das esferas superiores do mundo espiritual e do infinito.
Cada ato generoso, gesto de sacrifício, pensamento altruísta, estado moral elevado, impulso de solidariedade e exteriorização de amor iluminam a alma e o perispírito, dando-lhes um poder de radiação mais intenso.
Já para as almas que praticaram o mal, o seu perispírito adquire uma forma grosseira e opaca. Cada pensamento ruim, ato violento ou criminoso e hábito pernicioso condensam e entenebrecem o perispírito, carregando-o de fluidos grosseiros. Dessa forma, elas ficam acorrentadas à Terra por sua própria materialidade e condenadas a ficar encerradas nas baixas regiões do mundo espiritual.
Mas, por imposição das leis que regem a reencarnação, as almas voltam ao mesmo plano físico para reparar o mal que fizeram nesse mesmo plano. Passam por provas, melhoram o emprego das faculdades intelectuais, aprimoram as qualidades morais, resgatam dívidas, se purificam, se aperfeiçoam e se elevam.
Portanto, perante a Justiça Divina de Deus, não há eleitos ou réprobos. Há a sanção para todos os deveres e as compensações para todas as dores.
Nesse contexto grandioso e justo, os Espíritos são senhores e autores de seus próprios destinos. Logo, devemos estar conscientes de que agindo sempre de modo amoroso e sábio, e trabalhando para as conquistas intelectuais e morais elevadas, as consequências serão o bem-estar e a felicidade, na vida presente e na vida futura.
(Do livro O homem que mudou a história, de Geziel Andrade)













Psicografia recebida em 13/06/2017 pela médium Cláudia Araújo

Fraternidade, irmãos!
Fraternidade entre irmãos da família de Deus, todos criados por Deus. Eis uma benção imensurável.
Em momento tão conturbado da civilização terrena, usem de fraternidade, irmãos, uns com os outros.
A fraternidade torna amorosa a nossa visão das coisas e das pessoas. Com as “lentes” da fraternidade, esquecemos a espada e lançamos mão da suave brisa do afeto e da compreensão.
Sempre que escolhemos agir com fraternidade, tudo se realiza de forma mais afável, em harmonia com as Leis de Deus.
Lembram o maior mandamento?
“Amar a Deus de todo o seu coração, entendimento, de toda sua alma”.
Lembram o segundo maior mandamento?
“Amar ao próximo como a si mesmo”.
Amor é o roteiro seguro. E é o amor que inspira a atitude fraterna.
Fraternidade, irmãos, uns com os outros.
Não mais a maledicência, mas a palavra fraterna.
Não mais o mal julgamento, mas a compreensão fraterna.
Não mais o pensamento maldoso, mas o pensamento amoroso.
Não mais o melindre, mas a iniciativa fraterna do bom entendimento.
Não mais a mágoa, mas a benção da reconciliação.
Não mais a promessa, mas a firme atitude de amar.
Não mais as desculpas, mas a realização do bem que conhecem.
Fraternidade, irmãos, uns com os outros.
Na família, para que os laços e o compromisso assumindo se concretizem em dádivas de luz para cada membro.
Na sociedade, para que o amparo mútuo seja como bússola a guiar por caminho seguro de prosperidade.
No trabalho, para que os planejamentos alcancem as metas do progresso para todos.
No templo de sua fé, para que as orações pautadas na reforma sincera, não só de palavras, possam se harmonizar com as verdadeiras atitudes de fé a consolar, esclarecer e renovar as almas irmãs, pelo exemplo.
Fraternidade, irmãos, consigo mesmos.
Fraternidade, irmãos, uns com os outros.
Luz e paz!
Sion


segunda-feira, 31 de julho de 2017

Ano I – Rio das Ostras – Edição Agosto 2017

Editorial

Em todos os caminhos

          Seja qual for a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os caminhos.
          Isso não significa omissão de responsabilidade ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei.
          O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não pague imposto pelo solo em que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie.
          Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
          Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível te defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o apoio de Deus.
          Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessidade de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras.
          Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor, nos reservatórios da Natureza e compreenderás que ninguém vive só.
         Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.
(Do livro Estude e Viva - psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira)



A Lei da Liberdade

A compreensão da lei de liberdade nos faz perceber que, para progredir, precisamos uns dos outros e que todos temos direitos recíprocos, que precisam ser respeitados, uma vez que qualquer prejuízo que provoquemos ao semelhante, em decorrência dos nossos atos, não ficará impune perante a Lei de Deus. É por esta razão que o ensinamento de Jesus de “não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem” (Mateus, 7:12) — ensinamento conhecido como regra de ouro — estabelece os limites da nossa liberdade e nos orienta como viver em sociedade, conforme os direitos e os deveres que nos cabem.
A lei de liberdade é bem compreendida quando aprendemos a fazer relação entre a liberdade de pensar e a liberdade de consciência. Como sabemos, a liberdade de pensar é plena no ser humano: No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. [...] Voando nas asas do pensamento, a mente espiritual reflete as próprias ideias e as ideias das mentes com as quais se afiniza, nos processos naturais de sintonia.
Nos seres primitivos, [a mente] aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina. Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.
A consciência representa, como nos esclarecem os Espíritos da Codificação, um pensamento íntimo, que pertence ao homem, como todos os outros pensamentos. Ela é o [...] centro da personalidade, centro permanente, indestrutível, que persiste e se mantém através de todas as transformações do indivíduo.
A consciência é não somente a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, agir, pensar, querer. É una e indivisível. [...]
No entanto, à medida que os Espíritos evoluem, a consciência do bem e do mal está mais bem definida neles, de sorte que a liberdade de consciência, regulando as relações interpessoais, reflete [...] um dos caracteres da verdadeira civilização e progresso.
A consciência, entendida como faculdade de estabelecer julgamentos morais ou juízos de valor, é um atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua realidade e a realidade do outro. Os julgamentos feitos pela consciência e as interpretações de atos e fatos do cotidiano apresentam limitações, visto que estão fundamentados em parâmetros morais que cada um estabelece para si. É ela fruto de experiências e crenças individuais, elaboradas no contexto cultural onde a criatura humana está inserida, e que se manifesta de acordo com a evolução espiritual do ser. Assim, enquanto a liberdade de pensar é ilimitada, a liberdade de consciência sofre restrição, já que depende do nível evolutivo do Espírito.
A consciência não esclarecida pode alimentar ideias malsãs, gerar e provocar ações moral e eticamente abusivas, resultando na manifestação de sofrimentos e desarmonias para si mesma e para o próximo. Os embaraços à liberdade de consciência, a propagação de doutrinas perniciosas e a escravidão humana são exemplos de desvios provocados por Espíritos imperfeitos, dominados pelo orgulho e pelo egoísmo.  Sendo assim, devemos agir com cautela quando condenamos as ações, as ideias ou as crenças das pessoas, a fim de que não atentemos contra a liberdade de consciência.
(Pauta do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita)



Provações dos entes queridos

Não temos pela frente tão-só as nossas dificuldades, mas igualmente as dificuldades das pessoas queridas, pelas quais, muitas vezes, sofremos muito mais que por nós próprios. Forçoso, porém, anotar que, em nos interessando pelo apoio aos entes queridos, nunca estamos a sós, porquanto Deus, que no-los emprestou ao convívio, permanece velando sem olvidá-los. Nos dias de cinza e sombra de provação, doemos aos entes amados o melhor de nossa ternura, mas evitemos insuflar-lhes pessimismo ou desconfiança, ansiedade ou inquietação. Se nos pedem conselhos, não descambemos para sugestões pessoais, e sim, ajudemo-los a buscar a Inspiração Divina, através da prece, porque Deus lhe conhece as necessidades e lhes traçará seguro roteiro ao comportamento. Se doentes, mais que justo, lhe ministremos assistência e carinho; todavia, empenhamo-nos em guiar-lhes o pensamento para o otimismo, convencidos de que Deus lhes resguarda a existência em cada batimento do coração. Se empreendem mudanças em seu próprio caminho, abstenhamo-nos de interferir nas decisões que assumam, e sim, ao invés disso, diligenciemos abençoar-lhes os planos de renovação e melhoria, compreendendo que a Divina Providência vigia sobre nós, orientando-lhes os passos. Se resvalam em duras provas, trabalhemos por aliviá-los e libertá-los, que isso é dever nosso, mas sem torturá-los com a nossa inconformidade e aflição, na certeza de que Deus não está ausente do quinhão de lutas regenerativas ou edificantes que nos cabem a todos, em certas faixas de tempo. Auxiliemos aos nossos entes queridos a serem autênticos, como são e como devem ser perante a vida. Indiscutivelmente, tanto quanto irrompem problemas em nossa estrada, problemas outros inúmeros aparecem no campo da ação, daqueles que mais amamos; no entanto, a fim de ampará-los com eficiência e segurança, atuemos em favor deles, em bases de equilíbrio de amor, reconhecendo que não estamos sozinhos na empresa socorrista, de vês que muito antes de nós, Deus estava e continua a estar no caso de cada um.
(Mensagem de Emmanuel, do livro Alma e Coração de Chico Xavier)



Psicografia recebida pela médium Heliana em 26/06/2017

Meus queridos irmãos de ideal
Tempos difíceis esses!
Porém, é justamente nos tempos difíceis que descobrimos forças antes dormentes em nosso ser, esperando a oportunidade de se apresentarem.
Pois então, chegou a hora de deixarem brotar todos os potenciais adquiridos em inúmeras encarnações, preparando-os para ser revelados agora. Portanto, não se sintam despreparados para a luta. Esta, deverá se iniciar primeiro dentro de cada um. Renovar atitudes, fortalecer ânimos, alimentar o conhecimento, buscar subsídios para elaborar estratégias, tudo em nome do Cristo e de seu evangelho de amor.
Amor, como não precisar dele! Mais do que nunca, este sentimento precisa ser cultivado e fortalecido, somente ele lhes dará condições de sobreviverem daqui pra frente.
Podem chegar os momentos de desânimo, de desespero, de desesperança, de medo. Mas la estará o amor para envolve-los, ajudando-os a se erguerem seus companheiros e irmãos.
Para isso, queridos irmãos, fortaleçam a fé e a confiança na espiritualidade que os acompanha. Trabalhando e servindo, caminharão sempre na direção da luz maior, em uma estrada de luz, cujos obstáculos serão retirados pelo merecimento de cada um.
Confiem. Amem, amem incondicionalmente, sem cobranças, sem críticas, sem pruridos, como o Cristo os ama.
Como sempre dizemos, estamos também ao lado de vocês sempre que precisarem. Cuidem desta Casa de amor, suave como é a estrada de luz do Nosso Mestre Jesus. Paz a todos!
Irmão Josué