sábado, 1 de junho de 2019

Ano III – Rio das Ostras – Edição Junho 2019


Editorial


Brilhar

“Assim resplandece a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus. (Mateus, 5:16)

         Admitem muitos aprendizes que brilhar será adquirir destacada posição em serviços de inteligência, no campo da fé.
         Realmente, excluir a cultura espiritual, em seus diversos ângulos, da posição luminosa a que todos devemos aspirar, seria rematada insensatez.
         Aprender sempre para melhor conhecer e servir é a destinação de quem se consagra fielmente ao Mestre Divino.
         Ninguém se iluda com os fogos-fátuos do intelectualismo artificioso.
         Ensinemos o caminho da redenção, tracemos programas salvadores onde estivermos; brilhe a luz do Evangelho em nossa boca ou em nossa frase escrita, mas permaneçamos convencidos de que se esses clarões não descortinam as nossas boas obras, seremos invariavelmente recebidos no ouvido alheio e no alheio entendimento, entre a expectação e a desconfiança, porque somente em fundido pensamento, verbo e ação, no ensinamento de Jesus Cristo, haverá em torno de nós glorificação construtiva ao Nosso Pai que está nos Céus.
(Mensagem de Emmanuel, no livro Vinha de Luz de Francisco Candido Xavier)




Adoração

O vocábulo adoração significa, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, ato ou efeito de adorar, que está intimamente relacionado à palavra veneração, culto que se rende a alguém ou algo considerado divindade. Todavia, afirmam os Espíritos Superiores que adoração consiste na elevação do pensamento a Deus.
Deste, pela adoração, aproxima o homem sua alma. Esclarecem também que a adoração está na lei natural, pois resulta de um sentimento inato no homem.
Tempos houve em que cada família, cada tribo, cada cidade e cada raça tinha os seus deuses particulares, em cujo louvor o fogo divino ardia constantemente na lareira ou nos altares dos templos que lhes eram dedicados.
Para entendermos a adoração, precisamos reconhecer que esta acompanha o processo evolutivo da criatura humana, uma vez que, como o homem evolui intelectual e moralmente, aperfeiçoa também sua concepção de Deus e a sua forma de adorá-lo.
Devemos considerar, no entanto, que longe ainda nos encontramos de adorar Deus em espírito e verdade, conforme preconiza o Espiritismo, e lembrando a mensagem cristã.
Os Espíritos Orientadores da Codificação Espírita nos esclarecem que adoração verdadeira é do coração. Em todas as vossas ações, lembrai-vos sempre de que o Senhor tem sobre vós o seu olhar. Esclarecem igualmente que a adoração exterior será útil, se não consistir num vão simulacro. É sempre útil dar um bom exemplo. Mas, os que somente por afetação e amor-próprio o fazem, desmentindo com o proceder a aparente piedade, mau exemplo dão e não imaginam o mal que causam.
Na verdade, continuam elucidando os Espíritos Codificadores, Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam. É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento. Declaro-vos que somente nos lábios e não na alma tem religião aquele que professa adorar o Cristo, mas que é orgulhoso, invejoso e cioso, duro e implacável para com outrem, ou ambicioso dos bens deste mundo. Deus, que tudo vê, dirá: o que conhece a verdade é cem vezes mais culpado do mal que faz, do que o selvagem ignorante. E como tal será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derriba, perdoá-lo-eis; se for um homem que enxerga perfeitamente bem, queixar-vos-eis e com razão. Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração.
(Pauta de reflexão do livro de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Tomo I da FEB)




Quando orardes
  
“E, quando estiverdes orando, perdoai.”
Jesus (Marcos, 11:25)
A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares. Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contato com o sentido eterno e  criador da vida infinita.
Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.
A mente que ora permanece em movimentação na esfera invisível.
As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração. Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.
É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente. É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho: – “E, quando estiverdes orando, perdoai.”
(Mensagem de Emmanuel no livro Pão Nosso de Francisco Cândido Xavier)



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