sábado, 29 de fevereiro de 2020

Ano IV - Rio das Ostras - Edição Março 2020


Editorial

Trabalhemos também  

“E dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões.”   (Atos, 14:15) 

O grito de Paulo e Barnabé ainda repercute entre os aprendizes fiéis. A família cristã muita vez há desejado perpetuar a ilusão dos habitantes de Listra.
Os missionários da Revelação não possuem privilégios ante o espírito de testemunho pessoal no serviço. As realizações que poderíamos apontar por graça ou prerrogativa especial, nada mais exprimem senão o profundo esforço deles mesmos, no sentido de aprender a aplicar com Jesus.
O Cristo não fundou coma sua doutrina um sistema de deuses e devotos, separados entre si; criou virtuoso organismo de transformação espiritual para o bem supremo, destinado a todos os corações sedentos de luz, amor e verdade.
No Evangelho, vemos Madalena arrastando dolorosos enganos, Paulo perseguindo ideais salvadores, Pedro negando o Divino Amigo, Marcos em luta com as próprias hesitações; entretanto, ainda aí, comtemplamos a filha de Magdala, renovada no caminho redentor, o grande perseguidor convertido em arauto da Boa Nova, o discípulo frágil conduzido à glória espiritual e o companheiro vacilante transformado em evangelista da humanidade inteira.
O Cristianismo é fonte bendita de restauração da alma para Deus.
O mal de muitos aprendizes procede da idolatria a que se entregam, em derredor dos valorosos expoentes da fé viva, que aceitam no sacrifício a verdadeira fórmula de elevação; imaginam-nos em tronos de fantasia e rojam-se-lhes aos pés, sentindo-se confundidos, inaptos e miseráveis, esquecendo que o Pai concede a todos os filhos as energias necessárias à vitória.
Naturalmente, todos devemos amor e respeito aos grandes vultos do caminho cristão; todavia, por isto mesmo, não podemos olvidar que Paulo e Pedro, como tantos outros, saíram das fraquezas humanas para os dons celestiais e que o Planeta Terreno é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
(Mensagem de Emmanuel, do Livro Pão Nosso de Francisco Cândido Xavier)



A verdadeira propriedade

O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com tuas posses. (Pascal – Genebra 1860)
E André Luiz nos esclarece em suas reflexões que: “A viagem para o mundo espiritual exige preparo mais autêntico do que simples aparências.
Foges aos prazeres mundanos, mas criticas a escolha dos outros. Vives com moderação, mas condenas a conduta alheia. Ages com honestidade, mas não vences o egoísmo. Cultivas a oração, mas continuas intolerante. Dás a esmola, mas censuras o pedinte. Frequentas o templo, mas não afastas a vaidade. Auxilias a obra assistencial, mas alimentas o orgulho. Impões sacrifícios ao corpo, mas não perdoas a ofensa. Enalteces a fé, mas fraquejas na indulgencia. Estudas a religião, mas não aprendes a humildade.
Escolhe, pois, a bagagem certa para a jornada rumo à vida futura, a fim de que não deixes para trás a mochila da transformação intima.”
(Texto do ESSE Cap. XVI – Item 9 de Allan Kardec e do Livro Vivendo o Evangelho de Antônio Baduy Filho)



Gratidão, gratidão: eis o motivo que me reporto a todos vocês.
A emoção é grande, é com enorme alegria que hoje venho trazer notícias do mundo espiritual.
Trabalhadores desta casa de amor e caridade: Jesus os abençoe e fortaleça em todos os empreendimentos nesta abençoada jornada, na qual todos se prontificaram nessa tarefa de auxílio aos irmãos tão necessitados... de amor, aconchego e trazendo provisões necessárias a cada situação.
Queridos irmãos, sou exemplo “vivo” pois a morte não existe.
Na minha última roupagem entre vocês, fui nesta casa que obtive o apoio e a força necessária para minha caminhada.
Nesta casa fui acolhido e com o empenho de vocês ressurgi das cinzas. Estava morto e não via nenhuma saída para tanta dor instalada no âmago do meu ser.
Livramento, pois estava a ponto de desertar dessa vida.
Encontrei junto a vocês razões para continuar e caminhar. As respostas consoladoras do evangelho que me fortaleceu e continua a me fortalecer nessa nova paisagem em que tudo é muito mais amplo e esclarecedor.
Estou muito, muito feliz, trabalhando junto às crianças e ministrando o evangelho de Jesus.
Continuem o trabalho com gratidão e perseverando sempre.
Desistir nunca, pois muitas almas que estão mortas poderão ser resgatadas.
O trabalho de vocês é lindo e proveitoso, façam o máximo dentro de suas possibilidades. Nada fica perdido, tudo se transforma, no coração aflito e sem esperança; estou aqui para provar isso.
Avante amigos! A tarefa é grandiosa. A verdadeira vida é essa que vivo agora,
Zezinho.



Querido Mestre Jesus, obrigada pela oportunidade de aqui estar.
Eu hoje, estou bem, mas passei por momentos muito aflitivos quando aqui cheguei.
Eu sentia muita falta dos meus familiares, Fernando, meu marido, e João, meu filho. Eu não entendia o porquê de ter partido tão cedo, provocando tanto sofrimento à minha família encarnada.
Eu podia sentir suas dores, seu sofrimento me chamando tão vivamente que quando dei por mim estava lá na casa ao lado deles.
Isso não foi salutar nem pra mim e muito menos para eles. A minha presença desequilibrada piorava o sofrimento deles e eu não podia mudar a realidade das coisas, nem retroceder no tempo.
Só quando eles foram levados a uma casa Espírita por amigos e eu pude ser esclarecida, percebendo que minha presença fazia mais mal do que bem a eles.
Hoje, eu compreendo que os desígnios divinos são realmente o mais acertado e que eu tinha conhecimento próprio de que eu teria pouco tempo encarnada.
Minha família teria que seguir sem mim e tomar outro rumo.
Na realidade, não é minha família, nós não temos a posse de nada. Tudo nos é emprestado pelo Criador para nosso aprendizado; familiares são irmãos que vem nessa situação para ajuda, consolo ou harmonização; bens materiais nos servem com o propósito de aprendizagem, eles não nos pertencem, cada um precisa de uma modalidade, a abundancia e a escassez conforme o caso.
O apego nos prejudica e atrasa a nossa evolução, quando mais apegado, menos evoluído. Se nós tivéssemos essa visão das coisas, não sofreríamos tanto!
Que essa história sirva para esclarecer a todos sobre a posse e o apego às coisas e pessoas.
Que o Pai Maior derrame suas bençãos sobre todos vós!
Jesus os abençoe!
Irmã Paula.



Marco Antônio, meu filho, é com muita tristeza que esse triste velho lhe fala, mas é fala de conhecimento.
Mas agora não tenho paz em ver o que você está fazendo com sua vida, um dia tem seu filho, tem um pai de carne... Mas pra que eu tenha paz meu filho, tente perdoar meu filho. Tente perdoar meu filho.
Seu velho pai não deixa de orar pra você, que Nosso Senhor Jesus Cristo tenha perdão.
Um abraço saudoso, seu velho pai
José Carlos de Araújo
(Maria Rosa de Araújo e Marco Antônio de Araújo)



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