sexta-feira, 2 de julho de 2021

Ano V - Rio das Ostras - Edição Julho 2021

 

Editorial

 

O Pão da Alma

Diariamente movimentas todos os recursos para a manutenção das condições físicas necessárias ao desempenho de tuas funções.

Zelas continuamente da aparência, a fim de provocar as melhores impressões a respeito da tua pessoa.

Normalmente não medes esforços para conquistar o bem-estar e o conforto de que careces para viver.

Esforças-te infinitamente para honrar os compromissos profissionais, ansiando por meritórias conquistas, a justificar tanto empenho.

Não podes, no entanto, esquecer que o corpo físico é abrigo momentâneo do espírito, e se te preocupas tanto com o corpo de carne, que é perecível, deves te preocupar ainda mais em manter saudável a tua alma.

Abastecê-la com o combustível luarizante da prece singela que a fortalece perante os embates naturais da existência, amealhar os bens morais, absolutamente imperecíveis, para garantir o aprimoramento.

Zelar para que nunca falte o ânimo de continuar a caminhada com afinco, mantendo a esperança.

Poupá-la de contendas dispensáveis que apenas poderão trazer desajustes incalculáveis, muitas vezes pondo em risco o tempo previsto da existência física, gerando doenças que impeçam o corpo biológico de permanecer atuante.

Já paraste para pensar que tua alma também necessita de uma boa alimentação?

E que apenas o bem exercido em todas as suas facetas pode realmente se transformar no pão da vida a sustentar a alma sob qualquer circunstância, transformando-se em roteiro seguro para a tua destinação, ofertando-te as melhores oportunidades de buscar Jesus e continuar servindo em nome do bem e do amor.

(Mensagem de Ma. Do Rosário Del Pilar no livro A conquista da felicidade de Eulália Bueno)

 


O Tesouro Maior

“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” — Jesus. (LC 12:34)

No mundo, os templos da fé religiosa, desde que consagrados à Divindade do Pai, são departamentos da casa infinita de Deus, onde Jesus ministra os seus bens aos corações da Terra, independentemente da escola de crença a que se filiam.

A essas subdivisões do eterno santuário comparecem os tutelados do Cristo, em seus diferentes graus de compreensão. Cada qual, instintivamente, revela ao Senhor onde coloca seu tesouro.

Muitas vezes, por isso mesmo, nos recintos diversos de sua casa, Jesus recebe, sem resposta, as súplicas de inúmeros crentes de mentalidade infantil, contraditórias ou contraproducentes.

O egoísta fala de seu tesouro, exaltando as posses precárias; o avarento refere-se a mesquinhas preocupações; o gozador demonstra apetites insaciáveis; o fanático repete pedidos loucos.

Cada qual apresenta seu capricho ferido como sendo a dor maior.

Cristo ouve-lhes as solicitações e espera a oportunidade de dar-lhes a conhecer o tesouro imperecível.

Ouve em silêncio, porque a erva tenra pede tempo destinado ao processo evolutivo, e espera, confiante, porquanto não prescinde da colaboração dos discípulos resolutos e sinceros para a extensão do divino apostolado.

No momento adequado, surgem esses, ao seu influxo sublime, e a paisagem dos templos se modifica.

Não são apenas crentes que comparecem para a rogativa, são trabalhadores decididos que chegam para o trabalho.

Cheios de coragem, dispostos a morrer para que outros alcancem a vida, exemplificam a renúncia e o desinteresse, revelam a Vontade do Pai em si próprios e, com isso, ampliam no mundo a compreensão do tesouro maior, sintetizado na conquista da luz eterna e do amor universal, que já lhes enriquece o espírito engrandecido.

(Mensagem de Emmanuel no livro Caminho Verdade e Vida de Francisco Cândido Xavier)

 


Evangelho e Individualidade

Efetivamente, as massas acompanhavam o Cristo, de perto, no entanto, não vemos no Mestre a personificação do agitador comum.

Em todos os climas políticos, as escolas religiosas, aproximando-se da legalidade humana, de alguma sorte partilham da governança, estabelecendo regras espirituais com que adquirem poder sobre a multidão.

Jesus, porém, não transforma o espírito coletivo em terreno explorável.

Proclamando as bem-aventuranças à turba no monte, não a induz para a violência, a fim de assaltar o celeiro dos outros. Multiplica, Ele mesmo, o pão que a reconforte e alimente. Não convida o povo a reivindicações.

Aconselha respeito aos patrimônios da direção política, na sábia fórmula com que recomendava seja dado “a César o que é de César”.

Muitos estudiosos do Cristianismo pretendem identificar no Mestre Divino a personalidade do revolucionário, instigando os seus contemporâneos à rebeldia e à discórdia; entretanto, em nenhuma passagem do seu ministério encontramos qualquer testemunho de indisciplina ou desespero, diante da ordem constituída.

Socorreu a turba sofredora e consolou-a; não se mostrou interessado em libertar a comunidade das criaturas, cuja evolução, até hoje, ainda exige lutas acerbas e provações incessantes, mas ajudou o Homem a libertar-se.

Ao apóstolo exclama _ “vem e segue-me.”

Á pecadora exorta _ “vai e não peques mais”.

Ao paralítico fala, bondoso _ “ergue-te e anda”.

Á mulher sirofenícia diz, convincente _ “a tua fé te curou”.

Por toda parte, vemo-lo interessado em levantar o espírito, buscando erigir o templo da responsabilidade em cada consciência e o altar dos serviços aos semelhantes em cada coração.

Demonstrando as preocupações que o tomavam, perante a renovação do mundo individual, não se contentou em sentar-se no trono diretivo, em que os generais e os legisladores costumam ditar determinações...

Desceu, Ele próprio, ao seio do povo e entendeu-se pessoalmente com os velhos e os enfermos, com as mulheres e as crianças.

Entreteve-se em dilatadas conversações com as criaturas transviadas e reconhecidamente infelizes.

Usa a bondade fraternal para com Madalena, a obsidiada, quanto emprega a gentileza no trato com Zaqueu, o rico.

Reconhecendo que a tirania e a dor deveriam permanecer, ainda, por largo tempo, na Terra, na condição de males necessários à retificação das inteligências, o Benfeitor Celeste foi, acima de tudo, o orientador da transformação individual, o único movimento de liberação do espírito, com bases no esforço próprio e na renúncia ao próprio “eu”.

Para isso, lutou, amou, serviu e sofreu até à cruz, confirmando, com o próprio sacrifício, a sua Doutrina de revolução interior, quando disse: “e aquele que deseja fazer-se o maior no Reino do Céu, seja no mundo o servidor de todos.”

(Mensagem de Emmanuel no livro Roteiro de Francisco Cândido Xavier)

 



Psicografia de 20/02/2020

 

Companheiros, boa tarde, que Jesus ampare a todos.

Interessante, alguém me chamou, alguém dentro deste local chamou o meu nome diversas vezes, parecia que precisava me ouvir, tinha necessidade de me achar, mas é tudo tão difícil e nem sempre conseguimos chegar tão perto.

Eu tenho minhas dúvidas se mereço aqui estar, mas como dizem, para Deus e a Espiritualidade nada é impossível.

Aqui estou eu cheio de dúvidas, quem será que me chamou? Minha mãe? Minha irmã? Não sei, mas só elas me amaram em vida.

Não fui uma pessoa fácil, era muito autoritário, sem educação e rebelde, pelo que me lembro, apesar de me amarem nossos dias eram de difícil convivência.

Vivi pouco, acho que foi a providência divina que abreviou meus dias, que não foram fáceis e nem normais.

Me chamo Paulo Dias e minha mãe, Doroteia, morava no Meyer e lá aprontei tudo de mal, mais uma coisa, não conheci meu pai e minha mãe dizia que eu era assim por esse motivo.

Desde o meu desencarne muita coisa mudou, aprendi muito, fui ajudado e já estou em situação melhor, me preparando para trabalhar e poder receber minha mãe.

Ainda não consegui ser feliz, mas estou evoluindo com a ajuda de todos.

Fiquem com Deus,

Paulo Dias.



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