segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Ano I - Rio das Ostras - Edição Março 2017

Editorial

“CONHEÇA-TE A TI MESMO.” (Sócrates)

Tornamo-nos poderosos no mundo, quando aprendemos a nos conhecer melhor. Enquanto desconhecermo-nos, seremos fracos e impotentes, pois ignoraremos a nós mesmos.

De modo geral, privilegiamos os acontecimentos do mundo de fora, não prestando atenção em nosso mundo interior.  Esse conhecimento se tornou URGENTE nos tempos atuais. Somente quando nos conhecermos totalmente, seremos capazes de transformar a nossa vida e consequentemente, transformaremos o mundo.

Existem duas razões para nos conhecermos melhor:

1ª: conhecendo nossas virtudes e capacidades, utilizaremos todo o nosso potencial;

2ª: conhecendo nossas imperfeições, combateremos o mal que ainda existe em nós, evitando agir em prejuízo de nós mesmos e dos outros.

Façamos a nossa parte, irmãos, Jesus nos aguarda!


(baseado no livro SEMPRE MELHOR de José Carlos De Lucca)


AUXILIARAS POR AMOR

Auxiliarás por amor nas tarefas do benefício.

Não te deixarás seduzir pelo verbo fascinante dos que manejam o ouro da palavra para incrementar a violência em nome da liberdade e dos que te induzam a crer seja a vida um fardo de desenganos.

Adotarás a disciplina por norma de ação em teu ambiente de trabalho renovador, e educar-te-ás na orientação do bem, elevando o nível da existência e sublimando as circunstâncias.

De muitos ouvirás que não adianta sofrer em proveito dos outros e nem semear para sustento da ingratidão; entretanto, recordarás os benfeitores anônimos que te amaciaram o caminho, apagando-se tantas vezes para que pudesses brilhar.

Rememorarás a infância, no refúgio doméstico, e perceberás que te ergueste, acima de tudo, da bondade com que te agasalharam o coração. Não conseguiste a ternura materna com recursos amoedados, não remuneraste teu pai pelo teto em que te guardou a meninice, não compraste a afeição dos que te equilibraram os passos primeiros e nem pagaste o carinho daqueles que te alçaram o pensamento à luz da oração, ensinando-te a pronunciar o nome de Deus!...

Reflete nas raízes de amor com que o Todo-Misericordioso nos plasmou os alicerces da vida, e colabora onde estejas para que o bem se erija por sustentáculo de todos.

Enxergarás, nos que te rodeiam, irmãos autênticos, diante da Providência Divina. Ajudarás os menos bons para que se tornem bons, e auxiliarás os bons a fim de que se façam melhores.

Se a perturbação te dificulta o caminho, serve, sem alarde, e a trilha de libertação se te abrirá, propiciando-te acesso à frente.

Se ofensas te apedrejam, escuda-te no dever bem cumprido e serve sempre, na certeza de que a bondade com a força do tempo é a meia natural de todos os reajustes.

Muitos, mandam, exigem, dispõem ou discutem... Serás aquele que serve, o samaritano da benção, o entendimento dos incompreendidos, a luz dos que se debatem nas sombras, a coragem dos tristes e o apoio dos que se afligem na retaguarda!... E, ainda quando te vejas absolutamente a sós, no ministério do bem, serás fiel à obrigação de servir, lembrando-te de que, certo dia, um anjo na forma de um homem escalou um monte árido em supremo abandono, carregando a cruz do próprio sacrifício, mas porque servia e servia, perdoando e perdoando, fez nas trevas da morte o sol das nações, em perenidade de luz e amor para o mundo inteiro.

(Mensagem do Livro Alma e Coração de Francisco Cândido Xavier, ditado por Emmanuel)



O Evangelho como roteiro para a família

Nas palavras ditas por Jesus, existem preciosas lições de sabedoria que oferecem roteiros para a compreensão dos mais diversos problemas familiares. Para alcançarmos um significado mais profundo, além das palavras, é preciso abrir o coração para o sentimento do amor e a mente para a sabedoria espiritual.

A utilização do Evangelho, como ferramenta para o trato social, não exclui sua aplicação ao mundo íntimo de cada um, sobretudo quando na vivência das relações familiares.

Jesus trouxe ideias que podem nos levar ao entendimento de que a vida em família é um sistema possível, no qual a convivência e o auxílio mútuo podem proporcionar a felicidade ao grupo de espíritos que dela fazem parte.

Não estamos mais no tempo em que uma única pessoa é responsável pelos destinos de uma família. Todos agora são convidados a assumir os rumos que o grupo familiar vai seguir. Pais, filhos e agregados são corresponsáveis pelo futuro da família. A partir da adolescência o espírito assume sua encarnação, saindo da condição de criança que precisa de cuidados para a de adulto que já colabora e participa das decisões coletivas.

O espírito cada vez mais precocemente assume seus processos cármicos que influenciarão o próprio destino. Por esse motivo, a família se torna mais cedo o palco onde todos são convocados a colaborar uns com os outros, no qual se misturam desejos e expectativas com as provas que a Vida propõe a cada um.

O Evangelho em família deve ser passado principalmente pelo exemplo. Quando verbalizado deve mostrar-se como lições imortais de amor e luz, proferidas com suavidade e sem manipulações moralistas.

O Evangelho, se bem vivido, torna-se poderoso instrumento para que a encarnação seja um abençoado momento de equilíbrio e aprendizado.
  
(Extraído do livro Evangelho e Família de Adenáuer Novaes)




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