quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ano II - Rio das Ostras - Edição Novembro 2018


Editorial

Pelos Caminhos de Jesus

Quando sentires que o desalento te abala a alma, busca refúgio na prece que ampara e fortalece.
Quando se tornar difícil acreditar que o bem vai assentar morada definitivamente no coração humano, volta-se para Jesus e aguarda.
Sempre que o contratempo visitar a tua existência, destruindo os sonhos acalentados, ora e continua trabalhando.
Sempre que a ingratidão ferir os melhores propósitos de auxílio, ampara ainda mais a criatura que te ofereceu.
Quando o desespero insistir em se agasalhar em tua alma, renova-a com fé para continuares caminhando.
Quando a doença te minar as energias físicas, busca o tratamento adequado para a recuperação do corpo, mas não deixes de alimentar a alma com lenitivo da reflexão e da prece.
Sempre que um ente querido te ofender ou sobrecarregar, pensa que, Deus conhecendo-lhe as necessidades, amorosamente colocou-te no caminho dele, a fim de ampará-lo em direção ao bem através dos exemplos dignos de serem seguidos.
Sempre que a desilusão fizer ruir os teus anseios, crê que te é solicitada a busca por novos objetivos
Quando te agredirem moralmente, não desperdices a oportunidade de exercitar o perdão.
Quando a fartura se fizer presente à tua mesa, não esqueças dos aflitos que esmolam por uma côdea de pão.
Sempre que retornares ao teu lar, ora por aqueles que não o possuem e pelos que, sendo colhidos por incidentes, ficarão impedidos de voltar.
Sempre que te recolheres ao leito para o descanso diário, recorda dos que dormem ao relento, sem cobertor nem aconchego.
Quando uma criança te sorrir, recorda das mães que tiveram seus filhos arrebatados pela morte e se entregaram à mãe de Jesus para serem consoladas.
Quando alguém te disser que não acredita no bem e nem confia no amor, tem piedade do seu coração distanciado de Deus.
Aquele que ora, crê e serve, encontra mais força para seguir e mais esperança para continuar acreditando no porvir.
Apesar das escolhas equivocadas que muitos fazem, povoando a Terra de agonia e dor, os que persistem no amor, apesar dos percalços da existência, são exatamente os que nunca desistem de avançar pelos caminhos de Jesus, proporcionando a construção de um novo porvir fincado nos alicerces da paz.
Que sejas um deles.
(Mensagem de Maria do Rosário Del Pilar, do Livro A Conquista da Felicidade de Eulália Bueno)




Estado da Alma

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguição por amor da justiça porque deles é o Reino dos Céus. (Mateus, V: 5, 6 e 10).

Essa melancolia profunda que chega, sorrateira, e se enraíza no coração, é saudade de regiões mais felizes, onde a dor não mais tem razão de ser, e o Espírito aspira por ali viver. Imanado ao corpo, como se estivesse encarcerado em cela estreita, as forças lhe diminuem, fazendo-o cair em abatimento.
Essa tristeza inexplicável, que derrama sombras nas paisagens íntimas, resulta, algumas vezes, de recordações de fatos ditosos, ora distantes, que parecem não mais se repetirão. O Espírito, sentindo-se impedido de fugir das algemas carnais, entorpece-se e tomba em desânimo.
Esse desencanto insistente, que tira a coragem de lutar e leva à depressão, provém da consciência do degredo que o espírito experimenta na Terra, longe dos afetos e da paz que não consegue reencontrar. Sabendo-se em situação penosa, de provação necessária, receia não conquistar a liberdade para voar...
Tais acontecimentos podem tornar a existência mais amarga, extenuando o ser em luta, que lentamente se entrega e exaure.
Há outros motivos de perecimento emocional, que resultam dos problemas naturais da atual existência, contribuindo para a infelicidade, especialmente quando considerado do ponto de vista imediato. Surgem, assim, distúrbios psicossociais, desajustamentos emocionais, perturbações orgânicas.
O corpo experimenta essas influências e, às vezes, arruína os equipamentos vitais, ameaçados de desarranjos tão graves quão funestos.
Resiste com todo o vigor às sortidas desses estados de alma. Eles terminarão, se perseveram, rompendo as forças de tua vontade e dos elos que mantêm o Espírito ligado ao corpo.
Recorda-te de que, após a noite, esplende, luminoso, o dia, como à enfermidade sucede a saúde benfazeja.
É natural que aneles por mais largas conquistas.
Para isso aqui estás em luta contínua, ao lado de outros Espíritos também necessitados, a fim de que evoluam, qual ocorre contigo mesmo.
Quando concluídas as tuas provações, que deves enfrentar com resolução, librarás, ditoso, nesses lugares de plenitude, que nos aguardam após as necessárias aflições terrenas.
(Reflexão de Joanna De Angelis, do Livro Luz da Esperança de Divaldo Pereira Franco)








O Educandário Familiar

A família é o resultado do largo processo evolutivo do espírito na extensa trajetória vencida por meio das sucessivas reencarnações.
Dessa forma, a família é o alicerce sobre o qual a sociedade se edifica, sendo o primeiro educandário do espírito, onde são aprimoradas as faculdades que desatam os recursos que lhe dormem latentes.
A família é a escola de bênçãos onde se aprendem os deveres fundamentais para uma vida feliz e sem cujo apoio fenecem os ideais, desfalecem as aspirações, emurchecem as resistências morais.
No lar, fomentam-se e desenvolvem-se os recursos da compreensão humana ou da agressividade e ressentimento contra as demais criaturas. A constelação familiar não é uma aventura ao país enganoso do prazer e da fantasia, mas uma experiência de profundidade, que faculta a verdadeira compreensão da finalidade da existência terrena com os olhos postos no futuro da humanidade. Campo experimental de lutas íntimas e externas, constitui oportunidade incomum para que o espírito se adestre nos empreendimentos pessoais, sem perder o contato com a realidade externa, com as demais pessoas.
Mesmo quando não correspondendo às expectativas pessoais, em face do reencontro com adversários ou caracteres inamistosos, no lar adquire-se a necessária filosofia existencial para conduzir-se com equilíbrio durante toda a existência.
O exercício da paciência no clã familiar é valiosa contribuição para a experiência iluminativa, porquanto, se aqueles com os quais se convive tornam-se difíceis de ser amados, gerando impedimentos emocionais que se sucedem continuamente, como poder-se vivenciar o amor em relação a pessoas com as quais não se tem relacionamento, senão por paixão ou sentimentos de interesse imediatista? No lar, onde se é conhecido e muito dificilmente se podem ocultar as mazelas interiores, são lapidadas as imperfeições em contínuos atritos que não devem resvalar para os campeonatos da indiferença ou do ódio, do ciúme ou da revolta.
 Aquele que hoje se apresenta agressivo e cínico no grupo doméstico, dando lugar a guerrilhas perversas, encontra-se doente da alma, merecendo orientação e exigindo mais paciência. Ninguém se torna infeliz por mero prazer, mas em consequência de muitos fatores que lhe são desconhecidos.
Quem não consegue a capacidade de amar aqueles com os quais convive, mais dificilmente poderá amar aqueloutros que não conhece. O combustível do amor se inflama com maior potencialidade quando oxigenado pela convivência emocional. Noutras condições, trata-se apenas de atração física passageira, de libido exagerada que logo cede lugar ao desencanto, ao tédio, ao desinteresse...
A família, portanto, é um núcleo de aformoseamento espiritual, que enseja aprendizagem de relacionamentos futuros exitosos. No grupo animal, quando os filhos adquirem a capacidade de conseguir o alimento, os pais abandonam-nos, quando isso excepcionalmente em algumas espécies não ocorre antes. No círculo humano da família é diferente: os laços entre pais e filhos jamais se rompem, mesmo quando há dificuldades no relacionamento atual, o que exige transferência para outras oportunidades no futuro reencarnacionista, que se repetem até a aquisição do equilíbrio afetivo. É da Divina Lei que somente através do amor o espírito encontra a. plenitude, e a família é o local onde se aprimora esse sentimento, que se desdobra em diversas expressões de ternura, de abnegação, de afetividade...
Com o treinamento doméstico o espírito adquire a capacidade de amar com mais amplitude, alcançando a sociedade, que se lhe transforma em família universal.
(Reflexão de Joana De Angelis, do Livro Constelação Familiar de Divaldo Pereira Franco)



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